Hamilton desponta como favorito, mas proximidade de Vettel sugere repetição de batalha da Bélgica em Monza
A performance contundente da Mercedes no primeiro treino deu a falsa impressão de que Lewis Hamilton nadaria de braçada em Monza no fim de semana. Mas era só o começo dos trabalhos. No período da tarde, Sebastian Vettel mostrou que a Ferrari tem tudo para repetir Spa e brigar pela vitória. E nem mesmo Valtteri Bottas, pelo que andou nas duas sessões desta sexta-feira, pode ser descartado. A se destacar também a boa forma dos carros da McLaren, à frente de Force India e Williams
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O primeiro dia de atividades de pista visando o GP da Itália mostrou dois cenários muito distintos, com o resultado da tarde refletindo de forma mais cristalina a realidade. No primeiro treino livre em Monza, na manhã desta sexta-feira (1), a Mercedes nadou de braçada, Lewis Hamilton foi muito melhor que todos, inclusive Valtteri Bottas, e não teve dificuldades para fechar a sessão como o mais rápido, a ponto de enfiar 1s1 em Sebastian Vettel. Mas o treino vespertino foi muito mais apertado, com a Ferrari bem mais próxima das Flechas de Prata.
Foi justamente o que Hamilton ressaltou pouco após o fim dos trabalhos. “Foi um bom dia, um dia limpo. Conseguimos completar todos os nossos stints e terminamos nosso programa técnico sem nenhum contratempo. O carro parece bem equilibrado aqui, e acho que só vamos precisar de um pouco mais de trabalho para encontrar um pouco mais de performance. Além disso, parece o desempenho entre nós e a Ferrari está muito próximo, então acho que vai ser algo bem semelhante à última corrida neste sentido”, comentou.
No entanto, há um fator que pode pesar em favor de Hamilton caso tenha novamente de medir forças com Vettel. A Ferrari, ao menos neste primeiro dia de treinos em Monza, trabalhou com um acerto em que priorizou o equilíbrio nas curvas. Não à toa, Seb e Kimi Räikkönen foram os pilotos com as duas velocidades finais — aferidas no fim da reta dos boxes — do segundo treino. O alemão foi o último da tabela e marcou 331,7 km/h de máxima. A melhor marca coube a Carlos Sainz, antes do seu motor quebrar, com 346,4 km/h. Na comparação com as Mercedes, a diferença é razoável: Hamilton anotou 340,3 km/h e Bottas, 342,3 km/h.
Se a Ferrari mantiver o acerto para a corrida, Vettel pode enfrentar em Monza justamente a mesma dificuldade que teve de lidar em Spa: a falta de velocidade final para uma eventual ultrapassagem sobre Hamilton. Foi assim que, mesmo com um carro mais equilibrado na Bélgica, o tetracampeão ficou inferiorizado na batalha contra o rival, que o superou mesmo com pneus macios, contra os ultramacios de Seb.
Só que a impressão de Vettel sobre a performance geral do carro não foi das melhores. “Podemos melhorar o carro. Ainda não tenho a confiança que quero e preciso para andar aqui”, relatou. “Podemos melhorar o equilíbrio do carro, a estabilidade e os freios, que são importantes para ganhar confiança. Como andamos com pouco downforce, você precisa da confiança para acelerar. Ainda não estamos onde podemos estar, mas acho que vai dar para melhorar amanhã. Certamente vamos estar mais rápidos, mas não sei quanto”, disse o piloto do carro #5.
Por outro lado, Bottas também está disposto a mostrar à Mercedes que ainda não pode ser relegado a segundo plano, como pregou Niki Lauda nesta semana. Mordido, o finlandês andou bem nesta sexta-feira, sobretudo no treino da tarde, quando tirou proveito do erro do companheiro de equipe. Caberá ao nórdico manter a performance no sábado, algo que não aconteceu em Spa, quando perdeu a primeira fila para Vettel na classificação, e isso foi decisivo para seu resultado frustrante no domingo. Mas não dá para esquecer o bom trabalho como um todo feito por Valtteri na temporada, de modo que é um piloto que também não pode ser descartado.
"No fim das contas, cumprimos nosso cronograma integralmente", pontuou o #77. "No primeiro treino, fomos além do planejado porque estávamos preocupados com o clima. Acho que foi um bom dia, ao menos tive uma impressão melhor em relação à sexta-feira passada em Spa. Tudo começou com o pé direito”, comemorou. “Inicialmente, no primeiro treino, nós erramos ligeiramente no caminho com o acerto, mas conseguimos mudar e reverter isso para o segundo treino, e aí o carro se mostrou bem melhor. No geral, foi um dia positivo, o carro está se mostrando forte, mas obviamente são os próximos dias que contam”, ponderou.
A Red Bull manteve o status de terceira força, mas a punição com perda de posições no grid sofrida por Max Verstappen (15) e Daniel Ricciardo (20) promete deixar a jornada em Monza bem mais difícil. Assim, os dois pretendem pelo menos fazer uma corrida cheia de ultrapassagens. "Claro que é decepcionante saber que a chance de um pódio em Monza é improvável, mas existe a chance de uma corrida divertida. Esperava por isso há algumas corridas, mas ao mesmo estava preparado. Contudo, estou ansioso pela chance de ultrapassar alguns caras no domingo", disse Ricciardo, acompanhado pelo colega holandês. "Vamos largar no fim do grid com as punições, mas espero que possa curtir a corrida e passar vários carros", comentou Max.
O brasileiro se mostrou bastante satisfeito com o que conquistou até agora. “Foi uma sexta-feira muito melhor do que as que tivemos nas últimas provas, então estou otimista, podemos ser mais competitivos aqui em Monza”, relatou. “Tentamos algumas mudanças no carro, usamos asas diferentes e completamos muitas voltas pensando nos pneus. Espero que tudo se encaixe para que tenhamos um fim de semana muito melhor”, destacou Massa, confiante na melhora da Williams no circuito onde foi ao pódio em três oportunidades: 2010, 2014 e 2015.
O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e em TEMPO REAL todas as atividades de pista do GP da Itália, 13ª etapa da temporada 2017, por meio do novo livetiming.
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