Mercedes se ajusta melhor a novo circuito e usa bem pneus para voltar a dominar. E só caos ameaça Hamilton

A Mercedes, especialmente Lewis Hamilton, se achou em uma rara combinação perfeita entre o ajuste do carro ao circuito e o melhor desempenho dos pneus. Neste cenário, não teve para ninguém, e o inglês se mostrou imbatível. E só o caos pode tirar o triunfo do tetracampeão

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Tal qual Sebastian Vettel no Canadá, Lewis Hamilton se colocou imbatível no treino que definiu as posições de largada do GP da França. É bem verdade que o inglês dominou os trabalhos iniciais na sexta-feira, mas a temporada 2018 vem ensinando que o primeiro dia de atividades nem sempre reflete aquilo que acontece no sábado. Hoje, entretanto, a velocidade das sessões livres se fez, e o tetracampeão conseguiu tirar ainda mais dessa Mercedes quando foi exigido na fase definitiva em Paul Ricard. Hamilton não deu chances nem ao companheiro de equipe. Ainda que tenha perdido momentaneamente a pole na parte final, Lewis a arrebatou de forma fulminante, lembrando a Austrália e ajudado por uma grande parcial no terceiro setor do circuito francês. É apenas a terceira posição de honra do britânico – o que comprova a natureza instável deste campeonato.

 
A performance avassaladora lembrou muito o que aconteceu na Espanha também, quando os carros prateados melhores e quase inalcançáveis, andando bem com os compostos supermacios e ainda mais com os macios – ambos estão disponíveis agora. Em Le Castellet, embora a combinação feita pela Pirelli não tenha sido a mais ajustada ao W09, Hamilton e Bottas conseguiram extrair todo o potencial da borracha de marca vermelha. Foram mais rápidos em todas as circunstâncias, e é com os supermacios que iniciam a corrida deste domingo, em uma jogada estratégica, mirando a vitória em 1-2. Uma prova foi o tempo feito pelo tetracampeão na parte intermediária da classificação: Lewis foi pouco mais de um décimo mais veloz que Sebastian Vettel – que andava de ultramacios – a versão mais rápida do fim de semana. Além do pneu – ou até mais que isso -, o carro alemão casou muito bem com a pista francesa e suas retas e listras. O acerto veio fácil, e a Mercedes não reviveu as dificuldades enfrentadas no Canadá, por exemplo. Daí se explica a dobradinha no grid. E o favoritismo até aqui.
Valtteri Bottas e Lewis Hamilton largam na primeira fila (Foto: Mercedes)

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Quer dizer, a esquadra prateada puxou a sardinha para o seu lado e soube usar a vantagem que lhe apareceu. E vai largar ainda em vantagem no domingo. Inicia a corrida de supermacios e depois encaixa os macios que lhe caem também como uma luva. Ainda que o britânico não dê tanta importância à introdução da nova especificação de motor, sem dúvida as atualizações promovidas pelos engenheiros também explicam o rendimento.

"A equipe fez um grande trabalho ao longo do fim de semana. Para ser honesto, foi uma classificação simples. Acho que o Q1 e o Q2 foram particularmente bons e o Q3 foi Ok. Poderia ter sido melhor. Não me sinto um alívio por conta das atualizações. Nós iríamos receber o novo motor de qualquer maneira. Hoje em dia os ganhos com as novas unidades são pequenos. Mas o que quero dizer é que estou feliz pelo trabalho feito pela equipe como um todo. Mas não é alívio", disse o #44 na sala de coletiva após a classificação.

De fato, talvez nem chuva possa ser uma ameaça real. Só o caos. Sempre bom lembrar que Max Verstappen sai logo ali. 

 
É claro que não é possível descartar a Ferrari. A equipe italiana e Vettel protagonizaram uma forte recuperação e são sempre candidatos. O tetracampeão foi ligeiramente mais veloz em performance de corrida na sexta-feira, mas pesa o fato de ter de largar com o ultramacio. Entre os cinco primeiros do grid, o alemão é o único nesta configuração. E essa é uma corrida, muito provavelmente, para um único pit-stop. Os dois carros da Red Bull saem logo atrás, em quarto e quinto, enquanto o companheiro Kimi Räikkönen larga em sexto, também com os compostos de cor roxa. 

A questão também está na redução da banda do pneu feita pela Pirelli em Barcelona, onde a SFH71 sofreu com o excessivo desgaste dos pneus e precisou de uma parada extra. Após a classificação, Seb garantiu que não há preocupação quanto a isso e que espera não sofrer a degradação que o assolou na Catalunha. O ponto a favor: o ferrarista foi quem mais andou com os supermacios – 27 voltas. A prova tem 53 giros. 

Sebastian Vettel é líder do campeonato com apenas 1 ponto de vantagem (Foto: Ferrari)

"Nós tivemos um bom ritmo de corrida ontem e nenhum problema de pneu. Certamente, nós vamos largar com um jogo diferente, mas realmente espero que não precise de uma parada a mais que os outros. O pit-lane é grande aqui. Mas vamos ver o que acontece. Em Barcelona, a Mercedes estava muito forte, mas aqui espero que seja uma história diferente", explicou Vettel, terceiro colocado no grid.

 
Neste momento e em uma temporada tão embolada, vencer o rival é fundamental, mas se não der, o negócio é se manter o mais próximo possível. Talvez esteja aí o plano ferrarista. Só que há a Red Bull também. E Verstappen sai ali ao lado, de supermacios. Ao que parece, a equipe vermelha terá de lidar mais com os rubrotaurinos que com os alemães. 
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