No momento, não há nenhum processo aberto em curso, e sendo assim, Vettel vai se apresentar sem a presença de nenhum advogado, seu ou da Ferrari. A própria equipe trata tudo como uma reunião privada, embora seja difícil prever o que possa acontecer daí em diante. É possível que Seb nem seja punido, com a FIA considerando que a sanção imposta pelos comissários durante a prova tenha sido o suficiente.
Entretanto, a própria entidade, por meio do seu presidente, Jean Todt, pode considerar que é válido instaurar um processo formal junto ao tribunal para julgar a atitude de Vettel em Baku. Neste momento, o alemão soma nove pontos na carteira de punições e, com mais três, é automaticamente suspenso da próxima corrida.
Vettel vai comparecer à FIA nesta segunda-feira de aniversário para debater a postura em Baku (Foto: Reprodução)
Aí pesa justamente o fato de Vettel ser reincidente. No GP do México do ano passado, Seb bradou em alto e bom som no rádio contra o diretor de prova, Charlie Whiting, criticado por não ter punido Max Verstappen por conta de uma disputa de pista. Vettel xingou o dirigente pelo rádio, mas escapou de uma punição mais severa. No entanto, o comportamento do alemão em Baku além de tudo o que aconteceu no Hermanos Rodríguez pode fazer com que a FIA tenha uma postura mais rígida para tratar o caso do tetracampeão.
A FIA não fixou uma data, mas pretende tornar pública a sua decisão sobre o caso antes do GP da Áustria, nona etapa da temporada 2017 do Mundial de F1, que acontece neste fim de semana.
Entenda o incidente
A mensagem de ‘safety-car in this lap’ é dada e faltam três curvas para que a corrida retome seu ritmo. Hamilton reduz a velocidade para que o carro guiado por Bernd Maylander abra uma vantagem que lhe permita acelerar a pleno sem se preocupar em encontrá-lo adiante – fato que quase aconteceu na relargada anterior e foi reportado pelo engenheiro de Lewis via rádio. Hamilton contorna à esquerda e Vettel bate na traseira da Mercedes, provocando levíssimo dano. O alemão reclama com as mãos, traz a Ferrari para a esquerda, emparelha com Hamilton e joga o carro para cima do rival.
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Os dois pilotos reclamam via rádio. Vettel alega categoricamente que houve um brake-test – ato em que o piloto que vem à frente repentinamente aciona o freio e pega quem vem atrás desprevenido. Hamilton relata à Mercedes o ocorrido. A corrida segue por breve momento até que a direção de prova aciona a bandeira vermelha pela quantidade de detritos no traçado.
Só depois que a corrida é restabelecida que o caso é devidamente investigado e tem sua sentença: apenas Vettel é punido com uma parada de 10 segundos nos pits por “manobra perigosa”. A explicação para a não punição de Hamilton é dada a posteriori, em que a FIA alega que não houve frenagem segundo os dados de telemetria da escuderia prateada. Naquele momento, no entanto, já se sabia que Lewis teria de parar nos boxes para trocar a proteção de cockpit que ameaçava escapar durante as retas e que o piloto tentava proteger segurando com uma das mãos.
Ainda com sangue quente, os dois pilotos agem como em uma briga colegial. De um lado, Hamilton fala em ato “desgraçado e nojento” e que “se Vettel quer provar que é macho, que mostre fora da pista”. Sebastian torna a acusar o novo rival de tê-lo bloqueado deliberadamente e que “a F1 é para adultos”.
POLÊMICA MOSTRA QUE VETTEL PISOU NA BOLA E HAMILTON FOI MALANDRO EM BAKU
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