Webber deixa rivalidade para trás e fala em relação de respeito com Vettel: “Não tenho muitos inimigos na vida”

Hoje piloto da Porsche no Mundial de Endurance, Mark Webber disse que as coisas mudaram muito rápido, agora que não está mais na F1. Longe do ambiente tenso que reinava nos boxes da Red Bull, o australiano disse que sua relação com Sebastian Vettel está muito mais saudável

Sebastian Vettel e Mark Webber travaram uma das rivalidades mais intensas entre companheiros de equipe nesta década. Em termos de resultados, o alemão reúne ampla vantagem, mas o relacionamento com o piloto australiano nunca foi dos melhores. Mas tudo mudou, garante Webber. Embora não tenha falado em amizade, o hoje representante da Porsche no Mundial de Endurance garante que tem grande respeito pelo tetracampeão e que não o vê como um inimigo.

Webber já estava na Red Bull quando a equipe trouxe da Toro Rosso o jovem Vettel no fim de 2008, depois de uma grande temporada, com direito a uma vitória épica em Monza, pelo time de Faenza. Neste período em que ambos dividiram os boxes do time de Milton Keynes, entre 2009 e 2013, Seb conquistou nada menos que 38 vitórias e 44 poles, além dos quatro títulos mundiais. Os números de Webber são razoáveis, mas bem inferiores ao de Vettel: nove vitórias e 13 poles.

Em recém-lançada autobiografia ‘Aussie Grit’, Webber reservou boa parte da obra para falar sobre os cinco anos em que esteve ao lado de Sebastian na Red Bull. Agora, longe da tensão dos boxes taurinos, Mark garante que é tudo diferente, para melhor.

Um dos últimos momentos lado a lado da dupla: pódio do GP de Abu Dhabi de 2013 (Foto: Getty Images)

“Acredito que a relação mudou de forma positiva. Estava lutando dentro do mesmo território na Red Bull, de modo que não era uma situação fácil. Aprendemos grandes coisas sobre nós mesmos; eu, no fim da minha carreira e, Seb, no começo da sua. As coisas foram muito rápido dentro desta relação, em termos de como lutávamos um com o outro”, comentou em entrevista ao site norte-americano ‘Motorsport.com’.

“Agora estou fora da F1, e as coisas mudam muito rápido. Não tenho muitos inimigos na minha vida. Temos uma relação de respeito mútuo. Nós o tínhamos quando competíamos um contra o outro, mas agora, provavelmente, um pouco mais”, comentou o piloto de 38 anos.

Para compor o trecho da obra em que fala do período em que esteve na Red Bull, Webber revelou que conversou com Vettel e também com o dono do time, Dietrich Mateschitz. Curiosamente, contudo, Mark nada diz sobre Christian Horner, seu ex-chefe de equipe.

“Falei com Seb, falei com Dietrich. O livro foi um verdadeiro reflexo de como me sentia e do que aconteceu durante esses anos da minha carreira na F1. Não é um reflexo da Red Bull, mas sim de Milton Keynes, do time. Foi um tempo de provações para muitos de nós, por isso tive de entrar em detalhes para explicar tudo”, disse.

Entretanto, Webber assegura que sua autobiografia não tem a pretensão de ser uma obra polêmica, ao contrário. O australiano, que já foi colunista da BBC, revelou que aprovou sua experiência como escritor.

“No começo, não era muito favorável em escrever o livro. Curtia mais contando os primeiros anos e tentando explicar, inclusive a mim mesmo, a pilotagem e a determinação que tive para percorrer esses primeiros anos. Apenas quando você olha para trás é que você dá conta que fez tantas coisas, e que se está orgulhoso disso”, falou. “Foi a maior surpresa para nós, saber o quão difícil foi esse tempo de minha carreira. Foi uma grande recompensa”, concluiu Webber.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.