Spinelli celebra chegada de Loeb e vê “adaptação mais fácil do WRC para o Dakar do que do Dakar para o WRC”

Antes mesmo de Sébastien Loeb conquistar sua primeira vitória em uma especial do Rali Dakar, Guilherme Spinelli já apostava em uma boa performance do francês no trecho entre Villa Carlos Paz e Termas de Río Hondo. Titular da Mitsubishi avaliou que pilotos do Mundial de Rali tem mais facilidade para se adaptar ao Dakar do que os da prova idealizada por Thierry Sabine teriam para se ajustar ao WRC

O Rali Dakar é um jovem de 38 anos, mas ganhou fôlego extra com a chegada de um novo competidor em 2016: Sébastien Loeb. Aos 41 anos, o francês de Haguenau decidiu escrever um novo capítulo de sua vitoriosa carreira e passou a integrar o time da Peugeot na mais dura competição off-road do planeta.
 
Dono de nove títulos no Mundial de Rali — 2004–2012 —, de dois terceiros lugares no Mundial de Turismo — 2014 e 2015 —, e do recorde da Subida de Pikes Peak, superando a marca anterior por 1min32s286, Loeb voltou a se aliar a Daniel Elena para encarar o sonho do Dakar.
Após cancelamento da primeira especial, Dakar começou para valer na segunda-feira (Foto: Mitsubishi)
Junto com seu igualmente lendário navegador, Sébastien fez história na segunda-feira (4) ao vencer a primeira especial que disputou na prova da América do Sul e ao dar à Peugeot o primeiro triunfo do 2008DKR, em uma igualmente inédita dobradinha com Stéphane Peterhansel e Jean-Paul Cottret.
 
 Por conta de seu histórico vencedor, a chegada de Loeb ao Dakar é vista com empolgação pela torcida e pela imprensa, mas também pelos próprios rivais, que não escondem a admiração pelo multicampeão.
 
Em uma folga inesperada no acampamento de Villa Carlos Paz, na Argentina, após o cancelamento da primeira especial do Dakar, Guilherme Spinelli conversou com a imprensa brasileira e avaliou que a presença de Loeb na prova “é um ganho para todo mundo”.
 
“Ele é um fenômeno do WRC. Não só do WRC. Há alguns anos, ele vem correndo em algumas categorias e se destacando em tudo que está andando”, disse. “Ele vai se destacar aqui também, talvez não no primeiro ano, no resultado do rali acumulado, mas, certamente, em uma especial ou outra a gente vai ver ele andando bem”, opinou. 
 
“É um ícone do automobilismo. Sem dúvida, a presença dele aqui engrandece o evento, chama atenção. Para nós mesmos, competidores, é legal poder conversar, poder estar junto, largar próximo, bater um papo, então qualquer piloto deste nível, é sempre um ganho para todo mundo”, frisou. 
Sébastien Loeb venceu sua primeira especial no Dakar (Foto: Peugeot)
Guiga, no entanto, lembrou que o Dakar têm características muito diferentes do WRC, começando pelo próprio conceito do carro da Peugeot, que é diferente de tudo que passou pelas mãos de Loeb anteriormente, o que vai exigir um período de adaptação.
 
 “Primeiro que o carro é um conceito totalmente diferente. Até porque, o carro especificamente dele, é um buggy 4 x 2, é um conceito completamente diferente de tudo que ele já guiou, então ele nunca teve tanta necessidade de adaptação com um carro como ele está tendo agora”, ponderou. “O conceito do rali também é outro mundo. No WRC são pequenas especiais, às vezes até várias no mesmo dia, mas durante três dias no máximo, quatro dias no passado, hoje em dia são dois dias, então pegar um rali de 15 dias, longas distâncias como essas, é tudo novo para ele”, seguiu.
 
Antes mesmo da largada em Villa Carlos Paz para o segundo estágio da programação do Dakar, Spinelli já antecipava uma boa performance de Sébastien, já que a rota até Termas de Río Hondo inclui um trecho do Rali da Argentina, vencido por Loeb em oito oportunidades — 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013.
 
“Ele vai fazer essa especial de amanhã, esse primeiro pedaço aí do WRC… ‘Ó, guarda a planilha aí, Daniel, que aqui não precisa falar nada’”, previu Spinelli. “Isso o [Carlos] Sainz até brincou uns anos atrás, quando a gente passou aqui pela primeira vez, ele falou: ‘Cheguei ali e falei para o navegador: Só aprecia a pilotagem. Isso aqui eu já conheço’. Então, realmente, vai passar por uns trechos que ele é superfamiliarizado pelo Rali da Argentina, mas o resto é tudo novidade para ele. Deserto ele nunca andou, duna, enfim”, lembrou.
 
Em um ambiente descontraído, o companheiro de Yousseff Haddad comentou que interessante ver um piloto tão renomado disposto a aprender uma nova categoria e apostou que Loeb tem potencial para vencer o Rali Dakar em breve.
 
“Nessa parte, a gente tá igual. Eu já apanhei o que ele vai apanhar, então é legal ver um cara como ele sofrendo a falta de conhecimento de um terreno novo, de um carro novo”, falou. “Mas ele vai se virar bem, vai ser um piloto com potencial de vencer o Dakar em muito breve, com certeza”, opinou.
 
Loeb, aliás, não é o único piloto do WRC a se aventurar no Dakar em 2016, já que Mikko Hirvonen também faz sua estreia na competição. Questionado pelo GRANDE PRÊMIO se existe o mesmo interesse por parte dos pilotos do Dakar no Mundial de Rali, Spinelli avaliou que a adaptação é diferente em cada um dos casos.
 
“O Peterhansel, por exemplo, é um cara que eu já tive essa conversa com ele. Ele falou: ‘Não, não, não. Ali é outro…”, citou. “O WRC é andar no limite, do limite, do limite, o Dakar não é isso. Você anda no limite nas condições de não conhecer o terreno, de terrenos variados e tal”, apontou. 
 
“No WRC, você treina e anda muito forte, então eu acho que é mais fácil um piloto do WRC, um piloto de rali, que é o meu caso, de vários outros brasileiros, se acostumar com o todo terreno, do que um piloto de todo terreno se destacar no rali”, opinou. “No Brasil mesmo, a gente nunca viu um piloto que nasceu no todo terreno ir para o rali e se destacar. Mas já viu vários do rali se destacarem no todo terreno. O [Reinaldo] Varela foi do rali, eu, o Édio [Füchter], o Ulisses Bertoldo, enfim, entre outros, então é mais fácil a adaptação do WRC para o Dakar do que do Dakar para o WRC, com certeza”, concluiu. 

 

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