F1 se pronuncia e pede “processo rápido e justo” em investigação de Horner na Red Bull

O ‘Caso Horner’ segue ganhando mais contornos. Neste domingo (18), a Fórmula 1 emitiu um comunicado sobre a investigação iniciada pela Red Bull para apurar possível má conduta do chefe da equipe taurina, acusado por uma funcionária.

“Nós notamos que a Red Bull iniciou uma investigação independente sobre acusações internas na Red Bull Racing. Esperamos que o assunto seja esclarecido o mais rápido possível, após um justo processo. Não vamos comentar mais neste momento”, disse a categoria, mencionando o assunto pela primeira vez.

Horner, chefe da Red Bull, está sendo alvo de uma investigação interna por parte da equipe por “comportamento inapropriado”. O dirigente teria se dirigido de maneira inadequada a uma funcionária. Oliver Mintzlaff, chefe do departamento esportivo do time campeão mundial afirmou que a “companhia leva essas questões extremamente a sério” e que não faria mais comentários sobre o tema.

De acordo com o jornal neerlandês De Telegraaf, que revelou as primeiras informações do caso, a novidade agora é que a acusação contra Horner teria sido mesmo por assédio sexual. A funcionária afirma que o britânico enviou mensagens de cunho sexual durante um período considerável de tempo e o histórico do aplicativo de mensagens foi enviado pelo advogado da vítima para o advogado externo que cuida da investigação.

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Ainda de acordo com o periódico neerlandês, Horner teria tentado chegar a um acordo com a funcionária, oferecendo o valor de £650 mil (aproximadamente R$ 4 milhões), que foi recusado pela denunciante.

Christian foi interrogado em uma reunião que durou mais de 8 horas em Londres. A reunião, que trouxe as primeiras explicações do britânico, estava marcada para a fábrica da Red Bull em Milton Keynes, mas, com o objetivo de evitar a imprensa, foi reagendada de última hora para um escritório de advocacia na capital inglesa.

O chefe da Red Bull nega todas as acusações e já declarou que acredita em sua permanência no cargo, mesmo com as acusações e a investigação em andamento. “Sim, absolutamente”, respondeu Horner à emissora ESPN, após ser perguntado se estará na chefia da Red Bull no GP do Bahrein. “Obviamente, existe um processo ocorrendo, mas estou muito focado na temporada que está por vir”, completou.

Inicialmente, a expectativa interna da Red Bull era resolver a situação o mais rápido possível. Havia a possibilidade de uma decisão sobre o futuro de Christian ser tomada ainda antes do lançamento do RB20, que aconteceu na última quinta-feira (16), mas agora o esperado é que o caso se arraste por mais tempo, muito provavelmente até os testes da F1 no Bahrein.

O evento de lançamento do novo carro dos taurinos inevitavelmente acabou repercutindo também o ‘Caso Horner’. Atual tricampeão da F1, Max Verstappen negou rumores de que a relação com o chefe teria estremecido, afirmando que “o relacionamento continua o mesmo de sempre. Não sei quem gosta de escrever esse tipo de coisa. Eu e Christian estamos como sempre”.

De acordo com o site alemão Motorsport-Total, Horner, além de negar novamente as acusações, já estuda medidas legais contra o De Telegraaf pela notícia divulgada.

A Red Bull fechou 2023 com 860 pontos conquistados, uma margem considerável para a vice Mercedes — que somou 409. Max Verstappen, que venceu 19 de 22 corridas, conquistou o título mundial, enquanto Sergio Pérez terminou na segunda colocação.

A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no Bahrein, no circuito de Sakhir.

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