Kvyat descarta código de conduta da FIA e está fora do WEC 2022

Ex-piloto da Fórmula 1 não assinou documento elaborado pelo órgão regulador até o fim do prazo e, por enquanto, está fora da temporada do WEC. Chefe da G-Drive também se recusou a rubricar cartilha

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Daniil Kvyat não irá mais participar do WEC (Mundial de Endurance) em 2022, ao menos por enquanto. Isso porque o piloto russo se recusou a assinar o código de conduta elaborado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) na última sexta-feira – a cartilha, por exemplo, proíbe expressões públicas de suporte à invasão russa no leste europeu. O órgão regulador determinou a assinatura do documento como requisito obrigatório para que pilotos da Rússia e Bielorrússia possam participar das competições organizadas pela entidade.

Além do banimento de expressões públicas de suporte à postura russa no conflito, o código de conduta da FIA também proibia a exibição – seja em público ou nas redes sociais – de símbolos, cores ou bandeiras da Rússia e Bielorrússia; a marcação em uniformes, roupas, acessórios e outros itens pessoais de emblemas e palavras ligadas aos dois países; e, por fim, o canto ou reprodução do hino russo e bielorrusso.

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Kvyat foi titular da F1 pela última vez em 2020, com a AlphaTauri (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Como detentor de uma licença da Rússia, Kvyat tinha até às 16hrs (de Brasília) da última sexta-feira para assinar a cartilha. O piloto de 27 anos passou 2021 como reserva da Alpine e, recentemente, havia fechado acordo para competir no WEC pelo time russo G-Drive.

O prazo de assinatura do documento igualmente não foi cumprido pelo chefe da equipe russa, Roman Rusinov, que também atua como piloto. “Eu, como membro da G-Drive, me recuso a assinar as condições discriminatórias da FIA”, disse em seu Instagram – em publicação que contou com uma curtida de Kvyat.

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“O objetivo de todo atleta é ouvir o hino nacional de seu país no pódio. Em 10 anos de experiência internacional, nosso time conseguiu isso diversas vezes. Nós levantamos a bandeira da Rússia, ouvimos e cantamos o hino russo. Pelos meus fãs, meus companheiros de equipe e minha honra esportiva, eu não vou assinar esse documento. Melhor não dirigir”, concluiu Rusinov.

A G-Drive é patrocinada pela Gazprom Neft, terceira maior empresa produtora de petróleo na Rússia. Alexander Krylov, diretor-regional de vendas da companhia, é o presidente da equipe russa de automobilismo.

Vale lembrar que, ao contrário de Rusinov e Kvyat, Nikita Mazepin se disse disposto a assinar o código de conduta da FIA para permanecer na Fórmula 1. Ainda assim, o piloto teve seu contrato com a Haas terminado e está fora da temporada de 2022 da F1.

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