A notícia de que chegou ao fim a ligação de Alpine e Alain Prost na Fórmula 1 apareceu ontem e parecia mais uma mudança de peça-chave no que é uma repaginada da equipe francesa em seus quadros. Mas o tetracampeão mundial resolveu se manifestar apenas depois e deixou claro o descontentamento com o arquiteto das mudanças, o diretor-geral Laurent Rossi, e a forma como sua saída foi anunciada ao público.
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Algumas horas após o anúncio, Prost foi ao Instagram para se dizer enojado com o que entende ter sido uma quebra de pacto sobre a maneira que a informação seria comunicada. Até ontem, o francês era diretor não-executivo da companhia.
“Estou muito decepcionado com a forma que isso foi anunciado hoje. Concordamos que anunciaríamos juntamente à Alpine. Nenhum respeito, perdão”, disse.
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“Eu recusei a proposta que fizeram para mim em Abu Dhabi para a temporada 2022 por causa de uma relação pessoal, e estava certo. Às equipes de Enstone e Viry [fábricas da F1 e dos motores, respectivamente], sentirei sua falta”, encerrou.
Em entrevista concedida logo depois ao jornal francês L’Équipe, Prost explicou um pouco mais. A relação pessoal em questão é com Rossi, que “queria todos os holofotes”.
“Ele me disse que não precisava mais de conselho. Há um desejo real de colocar um monte de gente para fora por lá”, finalizou.
Além de Prost, o diretor-executivo Marcin Budkowski também foi dispensado neste começo de janeiro. A expectativa no mundo da F1 é que isso tudo signifique a chegada de Otmar Szafnauer para o cargo de chefia, após o romeno deixar a Aston Martin.
