Albon foca no futuro e diz que Williams vive “momento certo” para “cometer erros” na F1

Com pouca ou nenhuma perspectiva de ver a Williams conseguir ser competitiva antes de 2026, quando um novo regulamento entra em vigor na Fórmula 1, Alexander Albon preferiu ver o copo meio cheio e disse que o time de Grove tem a oportunidade de aproveitar os próximos meses para “se dar ao luxo de cometer erros” e aprender algumas lições.

Desde 2022 na equipe inglesa, o piloto anglo-tailandês surpreendeu ao conseguir terminar o certame do ano passado com 27 pontos, ajudando os azuis a ficarem na sétima posição do Mundial de Construtores. Em 2024, porém, o cenário é bem diferente: após 14 etapas, Albon não teve o mesmo desempenho e somou apenas quatro tentos. Logan Sargeant se destacou ainda menos e está zerado na competição, deixando a Williams na nona colocação.

De qualquer maneira, Alex mostrou estar confiante nas mudanças que estão sendo feitas sob o comando de James Vowles. “Talvez eu esteja sendo otimista, mas encaro como um momento em que podemos nos dar ao luxo de cometer erros e ser um pouco mais flexíveis e experimentais com o que fazemos”, disse em entrevista ao portal neerlandês RacingNews365.

“Para nós, esse sentimento de ter a mente aberta e estar disposto a tentar coisas diferentes, de certa forma algumas pessoas podem ver isso de maneira negativa, mas enxergo meio que como: ‘ok, o que a equipe precisa? Em quais áreas podemos desenvolver uma mudança?'”, explicou.

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“Vou pegar o [exemplo] mais simples, que é um dos mais comentados: mudamos todo o chassi do ano passado para este ano, e com uma maneira totalmente diferente de desenvolvê-lo, conseguimos tirar muito peso do carro — peso que nunca teríamos conseguido de outra forma”, apontou Albon. “No fim, isso acabou atrasando outras coisas, e então criamos essa situação em que ficamos em desvantagem durante a maior parte do ano”, acrescentou.

Foi uma mudança arriscada para a Williams. No início da temporada, por causa dos muitos incidentes envolvendo Alex e Sargeant, a equipe sofreu com a falta de um chassi sobressalente, já que não tinha recursos para produzir um novo tão cedo no ano. Em Melbourne, por exemplo, depois de Albon ter batido forte durante o TL1 do GP da Austrália, Logan teve de ceder o seu carro para o #23 e ficou de fora da corrida.

Apesar de todos os problemas, o piloto de 28 anos aprovou as decisões tomadas pela equipe até aqui. “Estou feliz que conseguimos fazer essas mudanças, estamos olhando muito mais para o futuro. Se queremos ser um time de ponta, é melhor fazermos essas coisas agora, enquanto é o momento certo e não há risco de perder as primeiras posições”, explicou. “Se vamos mudar as coisas, então mudemos agora”, finalizou.

A Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.

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