Alpine defende FIA em medidas contra quiques, mas teme “vantagens competitivas”

Otmar Szafnauer, chefe da Alpine, afirmou que a equipe sempre será a favor de medidas de segurança, desde que estas mantenham a situação do grid e não favoreçam nenhuma outra equipe

MERCEDES NÃO PULA MAIS + TEATRO PARA CÂMERAS NA FÓRMULA 1 2022 | WGP

A discussão sobre o problema dos quiques tomou conta do mundo da Fórmula 1 após o GP do Azerbaijão, quando diversos pilotos reclamaram do chacoalhar, principalmente o heptacampeão Lewis Hamilton, que saiu visivelmente com dores nas costas. Outros rivais, como Pierre Gasly, da AlphaTauri, e Esteban Ocon, da Alpine, pediram por intervenções da Federação Internacional de Automobilismo para assegurar a integridade física dos pilotos.

A FIA afirmou que está investigando possíveis soluções para o problema e deve determinar um limite de oscilação vertical. Mas na última corrida, no Canadá, o porpoising não apareceu tão intensamente como nas ruas de Baku. Pelo menos no caso da Alpine, os quiques estavam dentro de um limite bem aceitável para Ocon e Fernando Alonso.

“É papel da FIA ajudar em todas as questões de segurança, e tenho certeza que eles estão investigando isso. Mas há um processo que precisa ser respeitado, e tenho certeza que eles farão isso. Eu não vi muito porpoising lá fora”, disse Otmar Szafnauer, chefe da Alpine, após a corrida em Montreal.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

Alpine não quer que outras equipes tenham vantagem com medidas de segurança contra o porpoising (Foto: Alpine)

“Nós perguntamos para nossos pilotos em uma escala de um a dez, sendo dez sendo o pior, quando você não consegue aguentar o porpoising, e zero sendo nenhum quique. Nós estávamos no dois hoje, por exemplo, essa foi a opinião deles. Então acho que não foi um problema aqui, mas você nunca sabe como vai ser em outros circuitos”, contou o dirigente americano.

A implementação de regras para conter o porpoising tem gerado debate entre as equipes. A Red Bull atacou a Mercedes, e afirmou que os quiques do W13 são culpa da equipe alemã, e não do regulamento. A Alpine é a favor de medidas de segurança, mas também se preocupa com a posibilidade de algumas equipes usarem isso como uma estratégia para ganharem vantagem competitiva.

LEIA MAIS: Madri se oferece para receber corrida da F1: “Grande oportunidade para região”

Uma das cenas do final de semana foi a dificuldade de Lewis Hamilton em deixar o W13 (Foto: Mercedes/LAT Images)

“Se a FIA determinar que é um problema de segurança, desde que o grid se mantenha equilibrado e algumas das equipes não usem isso como uma tática para ganhar uma vantagem competitiva, então estarei feliz. Nós nunca vamos nos opor a algo de segurança. Mas como eu disse, o porpoising aqui estava em dois de dez, é quase nada”, explicou Szafnauer.

“É um problema para nós, mas nós aumentamos a altura do carro, perdemos pressão aerodinâmica e chegamos a uma configuração razoável. E tenho quase certeza de que todos podem fazer isso. Eu não sei o que os outros estão fazendo. Mas meu palpite é que eles não querem perder o downforce, então utilizam uma altura menor e isso causa o porpoising. Acho que é bem fácil [de resolver]”, analisou o dirigente da Alpine.

A Fórmula 1 retorna no dia 3 de julho, para o GP da Inglaterra, em Silverstone, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

MERCEDES PODE BRIGAR COM FERRARI NA FÓRMULA 1 2022?
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular!Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra, Escanteio SP e Teleguiado.