Stella lembra trabalho na Ferrari e revela que “falta de continuidade” prejudicou Alonso
Andrea Stella, atual chefe de equipe da McLaren, trabalhou com Fernando Alonso na Ferrari e revelou que “faltou de continuidade” ao modelo de trabalho em Maranello, e isso prejudicou o espanhol na busca de um título com a escuderia italiana
Andrea Stella trabalhou na Ferrari entre 2000 e 2014, assumindo diversas funções dentro da equipe italiana durante esse intervalo. No entanto, em seus últimos cinco anos em Maranello, o atual chefe da McLaren trabalhou como engenheiro de pista de Fernando Alonso. O espanhol, por sua vez, chegou em 2010 para liderar a escuderia de volta aos tempos de glória, mas bateu na trave duas vezes. O bicampeão perdeu o Mundial para Sebastian Vettel, então na Red Bull, por apenas quatro pontos em sua primeira disputa e por três em 2012, quando também foi derrotado pelo alemão. De acordo com Stella, a Ferrari poderia ter feito mais para ajudar o piloto de Oviedo.
Durante uma participação em um podcast no ano passado, Alonso chegou a dizer que “se pudesse voltar no tempo, provavelmente a primeira coisa que escolheria seria ganhar um campeonato com a Ferrari”. Após não conseguir alcançar seu objetivo, o asturiano decidiu se mudar para a McLaren em 2015, levando Stella junto para Woking.
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Hoje no comando da equipe laranja, Andrea foi questionado sobre os motivos que fizeram com que Alonso não repetisse o sucesso de Michael Schumacher na mais tradicional equipe da F1.
“Essa é uma pergunta interessante”, respondeu o dirigente ao podcast F1 Beyond The Grid. “Certamente chegamos muito, muito perto de ter sucesso em seu primeiro ano na Ferrari, o que é muito diferente de como Michael começou sua jornada. Ele conquistou três vitórias [em 1996] com seu enorme talento, e não com a competitividade do carro.”

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No entanto, o engenheiro italiano parece ter uma pista da razão pela qual Alonso não conseguiu se tornar tão vitorioso quanto o heptacampeão. “Acho que a jornada de Michael foi uma verdadeira jornada. Ross [Brawn] entrou, Rory Byrne entrou, James Allison entrou — houve continuidade nessa história, continuamos identificando o que precisávamos adicionar e construindo tijolo por tijolo.”
“Acho que foi algo que perdemos com Fernando”, admitiu Stella. “Poderíamos ter construído isso, mas definitivamente precisaríamos de muita continuidade e dessa abordagem que foi estabelecida na Ferrari a partir de meados dos anos 90”, completou.
A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no Bahrein, no circuito de Sakhir. O campeonato começa em 2 de março, também na pista barenita.

