Audi elogia Newey, mas prioriza grupo forte: “F1 não é espetáculo de um homem só”

Andreas Seidl, CEO da Sauber, sabe o projeto Audi mudou o patamar da equipe, mas acredita que o objetivo, agora, é fortalecer o conjunto para pensar no futuro

Antes mesmo do anúncio da saída de Adrian Newey da Red Bull depois de quase 20 anos no time austríaco, as conversas envolvendo o futuro do engenheiro projetista já circulavam nos bastidores da Fórmula 1. E um dos possíveis destinos do britânico, considerado por muitos como um dos melhores da história da categoria, é a Audi, que assumirá as operações da Sauber a partir de 2026, quando passa a valer o novo regulamento de motores da categoria.

Andreas Seidl, CEO da Sauber, sabe o projeto Audi mudou o patamar da equipa suíça. A Sauber deixou de ser apenas um time do meio do grid e tornou-se desejada por pilotos e outros profissionais que compõem a F1. No entanto, apesar de elogiar Newey, o dirigente acredita que o objetivo do projeto, agora, é fortalecer o grupo para pensar no futuro.

“É claro que há um ou dois nomes na F1 que gostaríamos de ter na equipe. [Newey é] alguém que não só traz ‘know-how’, mas também atrai atenção através da popularidade”, afirmou ao portal inglês MotorSport Week.

“Por outro lado, F1 não é espetáculo de um homem só. É importante para nós reunirmos uma equipe forte e com atitude adequada para buscarmos os objetivos juntos”, continuou o alemão.

Adrian Newey quer novos desafios a partir de 2025 (Foto: Lars Baron/Getty Images/ Red Bull Content Pool)

Enquanto a Audi observa com cautela os movimentos relacionados à Newey, Ferrari e Aston Martin correm contra o tempo para tentar convencer o engenheiro a “abraçar” seus respectivos projetos. Em especial a Ferrari, já que Newey tem boa relação com Frédéric Vasseur, chefe do time italiano, e já manifestou o desejo de trabalhar com Lewis Hamilton, que se juntará à equipe na próxima temporada. O time de Maranello é o favorito para ter Newey e ganhar mais uma peça forte para tentar retomar a ponta do grid nos próximos anos.

“É por isso que, ao preencher posições-chave, nos certificamos de que os funcionários relevantes deem exemplo e sigam esta cultura. Também somos altamente atrativos para as pessoas do topo da F1 e estou certo de que temos as pessoas certas no início [do projeto]”, finalizou o CEO da Sauber.

Aos 65 anos, Newey é considerado por muitos como um dos melhores engenheiros projetistas da história da Fórmula 1. Ele iniciou a carreira no Mundial em 1988, pela modesta equipe March, acompanhando a transição do time para Leyton House. Em 1991, se transferiu para a Williams, onde começou a ter a fama reconhecida pelos projetos que foram campeões mundiais em 1992, 1993 e 1996. Foi também pela esquadra de Grove onde passou pelo pior momento da carreira, com a morte de Ayrton Senna.

Em 1997, se transferiu para a McLaren, onde ajudou o time a quebrar um jejum de vitórias que durava há 4 anos. Na temporada seguinte, em 1998, viu Mika Häkkinen levantar o primeiro título mundial da carreira, feito que se repetiu em 1999. Depois de uma tentativa frustrada de saída para a Jaguar em 2001, Newey desembarcaria em Milton Keynes em 2006. Agora, a equipe já era Red Bull e trouxe o projetista a preço de ouro. Com ele, veio o tetracampeonato de Sebastian Vettel entre 2010 e 2013, além da atual sequência de títulos de Max Verstappenentre 2021 e 2023.

Fórmula 1 retorna de 3 a 5 de maio para a disputa do GP de Miami, o primeiro de três que acontecem nos Estados Unidos na temporada 2024.

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