Button elogia evolução de Hamilton na Fórmula 1: “É diferente do Lewis que conheci”
Jenson Button relembrou os tempos de McLaren junto de Lewis Hamilton. Campeão mundial de 2009 afirmou que o recordista de vitórias na Fórmula 1 tinha dificuldades na hora de gerenciar equipamento
Companheiro de equipe de Lewis Hamilton entre 2010 e 2012, Jenson Button elogiou a evolução do hexacampeão mundial ao longo dos anos. O campeão mundial de 2009 esteve no podcast Collecting Cars e recordou os tempos em que dividiu garagem com Lewis na McLaren.
Button afirmou que Hamilton é muito diferente do período em que estiveram juntos, especialmente por conta da mudança no ritmo de corrida. Jenson citou que o hexacampeão, agora recordista de vitórias na Fórmula 1, não era tão bom na hora de gerenciar equipamento e adotar estratégia.
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“Quando você olha o ritmo de corrida dele comparado ao Valtteri [Bottas], Lewis é diferente do Lewis que conheci. Quando eu o conheci, ele era muito rápido na classificação, como o Valtteri é. Na corrida, ele era rápido, conseguia ficar à frente, mas cometia erros ou não entendia como sair de A a B da forma mais rápida possível. Ele fazia a volta mais rápida que conseguia, destruía os pneus, gastava combustível, escolhia estratégia errada. Mas agora é um Lewis completamente diferente, ele não faz isso. E também não tinha um Max Verstappen o empurrando, não tinha um Nico Rosberg o empurrando também”, declarou Button.
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Junto de Nico Rosberg, Jenson é um dos dois companheiros de equipe que conseguiram terminar uma temporada à frente de Hamilton na classificação, com o vice-campeonato mundial em 2011. Button lamentou não ter passado mais tempo junto de Lewis, que se transferiu para a Mercedes em 2013.
“Ele me derrotou na classificação, ganhou mais corridas que eu. Acho que venci 8 e ele venceu 10. Foi bem equilibrado, tivemos grandes corridas no nosso tempo juntos. Ele era mais veloz na classificação, consegui bater ele algumas vezes, mas quando era na corrida eu estava na minha especialidade, sabia como trabalhar com o carro, com os pneus, com a estratégia, especialmente em condições mistas. Eu amava nossas lutas, foi triste quando ele deixou o time. Gostaria de ter a oportunidade de enfrentá-lo com um carro campeão. Não éramos bons o suficiente para ser campeões. Para ser sincero, acho que se um de nós não estivesse no outro carro, poderíamos ter ganho. Tiramos tantas vitórias um do outro”, seguiu.
Campeão mundial em 2009 pela Brawn GP, Button teve a oportunidade de seguir no time a partir da entrada da Mercedes, em 2010, mas recordou que o projeto não era tão chamativo quanto o da McLaren, especialmente pela falta de envolvimento da montadora alemã dez anos atrás.
“Eu lembro de estar no hotel com Ross Brawn após ganhar o campeonato, estávamos em Dubai, sentados e conversando em 2010. Ele disse que Nico Rosberg seria meu companheiro e a Mercedes compraria o time, mas eles não entrariam com o dinheiro. Iriam comprar, mas seria bancado por dinheiro de patrocínio. Pensei que era interessante, porém, não era o lugar certo porque a McLaren estava forte no fim da temporada. Tinham o orçamento, além da história de vitórias ao longo dos anos”, concluiu o piloto de 40 anos, aposentado da Fórmula 1 desde 2017.
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