Sainz pede pés nos chão e reitera trabalho da Ferrari para tornar carro “confiável”

Carlos Sainz seguiu a linha de Charles Leclerc ao pedir pés no chão em relação ao desempenho inicial da Ferrari e reiterou que o trabalho em Maranello precisa continuar

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O desempenho da Ferrari nos testes de Barcelona chamou a atenção dos rivais. Depois de um 2020 tenebroso e um 2021 de recuperação em que, embora já estivessem focados nesta temporada, conseguiram a terceira posição no Mundial de Construtores, o time de Maranello chega com um carro agressivo e propostas interessantes. Foi, sobretudo, a equipe que mais acumulou quilometragem na última semana — ao todo, foram 236 voltas — e também líder no segundo dia de sessão.

Mas, assim como Charles Leclerc, Carlos Sainz Jr. pediu pés no chão. Ele reconhece que a Ferrari deu, supostamente, um bom primeiro passo para 2022, mas enfatiza que ainda é muito difícil ter uma noção de como tudo vai realmente acontecer nas pistas. Por isso, a continuidade do trabalho para o desenvolvimento do carro é mais do que necessário.

“Posso imaginar por que vocês estão começando a tirar conclusões e talvez tentar colocar um pouco de hierarquia. Mas para nós, realmente não temos ideia, e acho que ninguém tem ideia de quais cargas de combustível [cada um está usando] e como os motores estão funcionando”, disse Sainz.

“Portanto, não podemos confirmar ou negar que estamos felizes ou tristes, porque realmente não sabemos onde estamos. Acho que, no Bahrein, talvez comece a ficar um pouco mais fácil começar a adivinhar onde todos estão”, acrescentou.

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Charles Leclerc foi o mais rápido no segundo dia de testes em Barcelona e Ferrari chamou atenção (Foto: Ferrari)

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Algo que chamou a atenção também nos testes foram os ‘quiques’ — tecnicamente, chamados de ‘porpoising’ — da F1-75. O motivo é que, com o retorno do efeito solo, os novos carros, em contato com oscilações na pista, estão entrando em estado estol, termo utilizado na aviação. O estado de estol é gerado quando uma maior quantidade de ar é canalizada na área superior do carro em comparação com a inferior, o que faz o eixo dianteiro subir e descer diversas vezes, semelhantes aos quiques dos golfinhos em alto mar.

“Agora é hora de trabalhar um pouco mais não apenas na quilometragem, mas também tentar melhorar o carro, para torná-lo confiável, o que é difícil de fazer”, explicou Sainz. “Continuaremos trabalhando nisso e veremos se podemos continuar melhorando”, concluiu.

Para comprovar que a Ferrari está em um nível acima comparada aos últimos dois anos, Sainz e Leclerc vão retornar ao cockpit da F1-75 nos próximos dias 10, 11 e 12 de março, quando será realizada a última sessão de testes de pré-temporada no Bahrein. É também no Circuito de Sakhir que tem início a temporada 2022, no dia 20 do mesmo mês.

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