Sainz reconhece soberania e diz que Ferrari “precisa aprender com Red Bull” para 2023
Carlos Sainz admitiu que a Red Bull vem tendo uma temporada completa, o que a torna uma equipe muito difícil de ser batida — e, ao mesmo tempo, um modelo a ser seguido pela Ferrari para 2023
Com 11 vitórias e ainda seis GPs a serem disputados, Max Verstappen pode ser campeão já na próxima etapa da temporada 2022 da Fórmula 1, em Singapura, e Carlos Sainz acredita que já é o momento de a Ferrari recalcular a rota e focar no próximo ano. Em entrevista ao jornal espanhol Mundo Deportivo, o piloto fez um balanço da temporada da equipe de Maranello até o momento e reconheceu que ter uma adversária como a Red Bull acabou potencializando os erros cometidos.
Sainz aparece em quinto no Mundial, com 187 pontos, e é o último da lista dos que ainda possuem chances matemáticas de título esse ano, mas o espanhol admitiu que a única preocupação no momento é ter um fim de temporada longe de problemas.
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“Gostaria de ter um final de temporada estável, ainda mais pela quantidade de coisas que aconteceram conosco esse ano”, disse Sainz, que vê a Ferrari com uma boa base para ano que vem. “Gostaria de ter uma parte final de temporada tranquila, com menos coisas acontecendo para sermos capazes de entrar no ritmo para o ano que vem, que será uma nova oportunidade. Temos uma base sólida a partir desse ano, um carro bom, e o time tem feito progressos”, acrescentou.
O #55 também não vê problemas em reconhecer que a rival taurina é o grande modelo a ser seguido no momento, e a Ferrari precisa tirar lições de cada disputa que travou contra a Red Bull tanto na pista quanto nos boxes.
“Precisamos buscar melhorias em algumas áreas, como a confiabilidade e a consistência, mas temos de ter em mente que, esse ano, lutamos contra uma equipe como a Red Bull, que tem feito tudo perfeitamente. Temos de aprender e ser os únicos a fazer desse jeito ano que vem”, salientou o piloto.
Depois de um início arrasador, a Ferrari começou a cair consideravelmente pelos problemas de confiabilidade, mas sobretudo pelos erros cometidos tanto pela dupla de pilotos (Sainz na Austrália, por exemplo, e Charles Leclerc na França) quanto pelas decisões equivocadas nas estratégias (Hungria). O espanhol acredita que haveria outro cenário se não fossem esses problemas.
“Teríamos lutado pelo título se tivéssemos feito as coisas um pouco melhor e tivéssemos um pouco de sorte no início da temporada. Por que não imaginar que teremos uma nova chance ano que vem e que ela poderá ser alcançada? A Ferrari tem de definir esse objetivo depois do avanço que deu do ano passado para esse”, completou.
Sobre Verstappen, Sainz disse que o vê desempenhando um ótimo trabalho, mas a sintonia com a base em Milton Keynes tem feito toda a diferença. “Verstappen está tendo um ótimo ano, mas a Red Bull não está falhando em nada, nem nas estratégias, nem nas tomadas de decisões. Eles pagam punições em corridas onde sabem que terão o carro mais forte. Estão tendo uma temporada muito completa, e isso os torna difíceis de serem batidos”, admitiu, embora deixe claro que “eles não são imbatíveis e inatingíveis”. “A cada corrida, teremos uma chance, e vamos tentar”, finalizou o espanhol.
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