CEO da F1 reitera desejo de GP africano e põe Ruanda à frente da África do Sul
Com muitos países interessados em fazer parte do calendário da Fórmula 1 nos próximos anos, Stefano Domenicali falou sobre as articulações necessárias para definir as sedes e admitiu que a categoria tem "conversas avançadas" com Ruanda
CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali afirmou que continua trabalhando para definir o calendário da categoria para os próximos anos da melhor maneira possível. Ao abordar as opções existentes no continente africano, o dirigente admitiu que a África do Sul despertou o interesse com o projeto que foi apresentado, mas revelou que os “contatos mais avançados” estão realmente acontecendo com Ruanda.
A África não recebe uma etapa da classe rainha desde 1993, quando Alain Prost conquistou o quarto e último título da carreira, logo após retornar à Williams, ao vencer no icônico circuito de Kyalami, na cidade de Joanesburgo. Recentemente, Gayton McKenzie, ministro do Esporte, Artes e Cultura do país do sul, deixou claro que o objetivo é realizar o sonho de Lewis Hamilton e voltar a sediar uma prova até 2027.
Por outro lado, Ruanda se colocou de vez no mapa ao oficializar junto à Federação Internacional de Automobilismo (FIA), no início de dezembro, a candidatura para se tornar palco da F1. Por lá, além do ministro dos Esportes, Richard Nyirishema, o presidente da nação, Paul Kagame, não está medindo esforços para apoiar a iniciativa. Por isso, ganhou o status de favorita na briga.
“Assumimos o compromisso de tentar encontrar uma solução na África, porque falta uma etapa no calendário do Mundial naquele continente. Hoje, os contatos mais avançados são com Ruanda, mas a África do Sul voltou a fazer sentir a sua presença. Neste momento, digamos que as discussões mais aprofundadas foram mantidas com Ruanda, mesmo que não estejamos falando de curto prazo”, disse Domenicali em entrevista ao semanário italiano Autosprint.

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No fim, o dirigente ainda falou sobre o trabalho que está sendo empregado para selecionar os melhores circuitos para comporem o calendário no futuro. Por causa das reclamações de pilotos e equipes, há um limite de 24 corridas, e, por isso, pistas icônicas como Spa-Francorchamps, por exemplo, renovaram contrato já no esquema de rodízio. Ímola corre o risco de sofrer com o mesmo destino.
“Por um lado, queremos incentivar os circuitos que têm contratos de longo prazo a investir na qualidade dos seus eventos. Por outro lado, há muitos países que querem entrar, mas também precisamos encontrar a vaga para incluí-los”, explicou. “Teremos Madri em 2026, que terá continuidade e não se alternará com Barcelona, que, no entanto, também quer ficar. Estamos procurando uma solução para eles”, apontou.
“São muitas articulações, e definir o calendário é algo muito complicado. Mas são todas situações positivas, não são problemas, mas, sim, oportunidades. Temos contatos com a Tailândia, com a Coreia do Sul, Turquia e agora também com a Argentina, que voltou a pressionar após a estreia de [Franco] Colapinto. Mas são 24 corridas e todo mundo quer ficar e investir”, concluiu.
A Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, entre os dias 14 e 16 de março.

