Chefe da Mercedes faz alerta e diz que alteração na regra do congelamento dos motores vai ampliar custos

Toto Wolff, chefe da Mercedes, se mostrou menos inclinado a aceitar uma flexibilização das regras do congelamento dos motores. Para o austríaco, uma mudança pode aumentar os custos e afetar a concorrência leal

Chefe da Mercedes, Toto Wolff se mostrou preocupado e alertou para uma possível consequência negativa e não intencional caso a FIA decida mesmo aliviar as regras quanto ao congelamento do desenvolvimento dos motores na F1.

Nas últimas semanas, os chefes das equipes do Mundial iniciaram discussões sobre uma forma de suavizar o regulamento que impede que as fabricantes façam alterações nas unidades de força, com exceção de casos que envolvam segurança ou confiabilidade.

Anteriormente, Wolff se disse aberto a essas mudanças, para principalmente permitir que as rivais Ferrari e Renault possam recuperar terreno. Porém, o austríaco agora advertiu que uma flexibilização das regras pode “abrir uma lata de vermes”, provocando um aumento de custos e prejudicando a concorrência leal.

Toto Wolff se mostrou menos a favor de uma mudança das regras de motor na F1 (Foto: Getty Images)

"É uma tarefa difícil, porque acredito fortemente que precisamos de estabilidade nos regulamentos", disse o dirigente. "Pessoalmente, não estou interessado porque os custos vão subir. Da mesma forma, como você pode ter certeza de que todos estão na mesma especificação?", questionou.

"Isso pode trazer tantas consequências que é quase como quando você abre uma lata cheia de vermes. Estamos tentando ser produtivos. Acho que não podemos esquecer o nosso próprio planejamento, mas também não podemos prejudicar a F1", completou.

A Ferrari, por meio de seu chefe Marco Mattiacci, vem pressionando por uma alteração nas regras, mas negou que a equipe italiana esteja procurando uma solução mágica para o problema. "Nós nunca trabalhamos com ângulos táticos dizendo 'vamos fazer isso, vamos suavizar as regras, para alcançar a Mercedes'", afirmou.

"O ponto de partida é que, na F1, não podemos esperar um ano para poder trabalhar no motor. Nós não acreditamos em varinha mágica. É apenas uma maneira de falar sobre inovação, para manter o trabalho no carro", acrescentou.

A Renault também tem sofrido um déficit negativamente com relação à Mercedes, mas Cyril Abiteboul, diretor da montadora francesa, não tem certeza se que a fabricante terá condições de tirar proveito de uma eventual mudança. "Nós não queremos um investimento exagerado em tecnologia no que diz respeito aos motores", disse.

"Da minha perspectiva, acho importante ter um conjunto de regras que nos permita reduz essa diferença entre os fabricantes, mas sem gastar com tecnologia. No entanto, não tenho certeza de quanto estamos longe do limite físico do sistema. De acordo com o quão longe estamos, podemos até ficar em uma posição pior com regras mais suaves do que com o congelamento atual”, encerrou o francês.

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