Consultor admite que Red Bull pode deixar Fórmula 1 ao fim da temporada 2021

Helmut Marko reforçou que já era de conhecimento da cúpula da empresa dos energéticos a saída da Honda do Mundial ao fim do ano que vem. A prioridade, agora, é definir o futuro, de modo que a decisão sobre o parceiro de Max Verstappen para 2021 fica para depois

A decisão da Honda de bater em retirada e deixar o Mundial de Fórmula 1 ao fim de 2021 pode ter chocado o mundo do esporte, mas não foi uma surpresa para a alta cúpula da sua principal parceira. Helmut Marko, consultor da Red Bull, afirmou que já sabia há tempos da saída da marca de Sakura como fornecedora de motores, assim como Dietrich Mateschitz, dono da empresa dos energéticos. Sobre o futuro, o ex-piloto e dirigente austríaco avisou que nem mesmo a saída da Red Bull da Fórmula 1 depois deste período está descartada.

Em entrevista ao site alemão SpeedWeek, Marko explicou que não ficou surpreso com o anúncio da saída da Honda da Fórmula 1, em decisão tornada pública no último fim de semana. “Trabalhamos em todas as direções possíveis porque há tempos sabíamos da decisão da Honda. Nos enterramos durante o decorrer desta temporada”.

Helmut Marko faz mistério sobre o futuro da Red Bull na Fórmula 1 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

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O consultor da Red Bull foi perguntado sobre o fato de Christian Horner, chefe da equipe, ter dito no começo da semana sobre o fortalecimento da união com a Honda para tentar lutar pelo título em 2022. Dias depois, a fábrica japonesa anunciou que não vai ficar na Fórmula 1.

“Horner é o chefe de equipe, mas não está envolvido em temas estratégicos. Mateschitz e eu sabíamos há tempos”, revelou.

Marko também contou que nada pode ser descartado no momento quanto a um possível novo fornecedor de motores. A Renault, antiga parceira com a qual a Red Bull dominou o começo da década passada na Fórmula 1 com oito títulos mundiais — quatro do Mundial de Construtores e quatro do Mundial de Pilotos, todos com Sebastian Vettel, entre 2010 e 2013 —, é considerada, bem como a opção até de desenvolver tecnologia para construir o próprio motor.

“Todas as opções vão ser analisadas, e a Red Bull vai decidir o que vamos fazer. Vamos analisar todas as possibilidades”, avisou.

A equipe foi uma das dez que assinaram o Pacto da Concórdia e garantiram a permanência na Fórmula 1 até 2025, mas Marko lembrou que existe até a possibilidade de deixar o grid do Mundial ao fim da próxima temporada na esteira da assinatura do novo acordo.

“Podemos cancelar o contrato anualmente, e há uma cláusula de saída ao fim de cada temporada. Mas essa não é a nossa prioridade. Temos tudo em cima da mesa, e agora Mateschitz vai decidir”, salientou. Ao ser perguntado sobre até quando deve ter conhecimento sobre os rumos que a Red Bull vai seguir, Marko disse: “Nosso planejamento é para o fim do ano”.

A saída da Honda mudou por completo o planejamento da Red Bull para o futuro, de modo que a decisão sobre quem vai ser o companheiro de equipe de Max Verstappen vai ficar para depois.

“Se Alexander Albon render bem, vai ficar. Se não, vamos tomar uma decisão, e aí teríamos de ver quais pilotos estão no mercado. Mas esse não é um problema para agora mesmo”, concluiu Marko.

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