Consultor banca acerto de Herta com AlphaTauri na F1 2023. Só falta superlicença
Helmut Marko garantiu que já há acordo entre as partes, mas FIA, claro, precisa conceder a superlicença para o americano. Ida de Gasly para a Alpine também depende disso
Falta pouco para Colton Herta ser confirmado como piloto da AlphaTauri em 2023 — mais especificamente, uma superlicença. Somente isto separa o americano de uma vaga na esquadra de Faenza para a próxima temporada da Fórmula 1 — de acordo com o próprio consultor da Red Bull, Helmut Marko.
Ao jornalista Chris Medland, Marko confirmou que já há um acordo costurado entre as partes. Mas há uma condicional aí também: a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) precisa conceder a superlicença ao piloto americano — evidentemente, já que sem isso, não seria possível pilotar na principal categoria do mundo.
Relacionadas
Ainda segundo o consultor taurino, há a expectativa interna de que o órgão regulador tome uma decisão até o GP de Monza, etapa do próximo fim de semana da Fórmula 1.
Somente se a AlphaTauri conseguir garantir Herta para a F1 2023, com a ‘benção’ da entidade, que Pierre Gasly será liberado para acertar com a Alpine. Além de Marko, Christian Horner — chefe de equipe da Red Bull — falou sobre a saída do piloto francês do time de Faenza.
“Este (FIA conceder superlicença a Herta) é um elemento chave. Nós não vamos liberar Pierre (Gasly) se não conseguirmos colocar alguém empolgante para preencher a vaga”, garantiu Horner.
A FIA segue estudando a questão. O grande impasse são os 40 pontos necessários para a superlicença, que Herta ainda não tem. Por conta da pandemia, os pilotos podem usar as três melhores pontuações nas quatro temporadas anteriores para somar pontos. No caso de Herta, o sétimo lugar na Indy em 2019 deu a ele quatro pontos. Em 2020, foram mais 20 pelo terceiro lugar. Ano passado, o americano terminou a temporada em quinto lugar, garantindo mais oito pontos.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
Ao todo, são 32, e ele atualmente ocupa o décimo lugar na Indy 2022, podendo terminar em oitavo ao final — resultado que não entraria nos três melhores obtidos nos últimos quatro anos e o deixaria sem pontos para a superlicença. Participar dos treinos livres da F1 ajudaria na pontuação, mas Herta poderia estar em apenas seis GPs até o fim do Mundial, a partir de Singapura, já que a temporada da Indy termina junto com o GP da Itália de F1. Ele, então, chegaria a 38, apenas.
É aí que entraria a FIA, apelando para uma brecha no Código Esportivo Internacional, que diz que uma superlicença pode ser concedida a um piloto que tenha um mínimo de 30 pontos, mas seja considerado exclusivamente pela entidade incapaz de se classificar enquanto participa ao mesmo tempo de um ou mais campeonatos listados no Suplemento 1, por circunstâncias além do seu controle ou motivo de força maior.
LEIA TAMBÉM
+ Mercedes descarta erro em decisão de não parar Hamilton: “Tentamos vitória, não pódio”
Herta nem precisaria dessa cláusula, já que foi vice-campeão da temporada de 2018 da Indy Lights, o que lhe daria 12 pontos. Porém, a série teve apenas oito pilotos regulares naquele ano, número insuficiente de acordo com os critérios da FIA.
Mas a movimentação não tem sido bem vista nos bastidores, principalmente entre as equipes que investem bastante em seus programas de jovens pilotos para que eles acumulem pontos visando a superlicença exigida pela FIA. A Autosport revelou que uma fonte ligada ao paddock disse que “se ele [Herta] conseguir a superlicença, podemos parar de investir na F2 e F3”.
🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.