Mercedes descarta erro em decisão de não parar Hamilton: “Tentamos vitória, não pódio”

Na figura do chefe de equipe Toto Wolff, a equipe alemã defendeu estratégia de manter heptacampeão na pista em safety-car e disse preferir "vencer do que terminar em 2º e 3º"

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O safety-car causado por Valtteri Bottas no fim do GP da Holanda deste domingo (4) adicionou tempero à corrida da Fórmula 1 em Zandvoort. Quando o motor do finlandês da Alfa Romeo apagou na reta, na 54ª volta, a Mercedes decidiu não parar Lewis Hamilton — então líder da disputa. O companheiro de equipe, George Russell, colocou novos pneus macios — assim como Max Verstappen, que voltou exatamente atrás do heptacampeão.

Na relargada, Verstappen passou Hamilton com imensa facilidade. A missão de segurar a liderança era evidentemente difícil, mas o britânico ficou revoltado com a diferença de rendimento entre os compostos macios e médios. O heptacampeão se enfureceu, foi ultrapassado por Russell e Charles Leclerc e acabou fora do pódio. Ainda assim, após a corrida, Toto Wolff defendeu a decisão de deixar Hamilton na pista.

“Primeiramente: para o piloto, nós sempre seremos ‘lixo’. Eles são muito emocionais. A disputa apertada pela vitória e ser derrotado… toda emoção vem à tona. Você está no cockpit e não consegue enxergar todo o cenário”, começou a dizer o chefe da Mercedes, mostrando-se compreensivo com a revolta de Hamilton no rádio.

Lewis Hamilton sonhou com a vitória, mas ficou fora do pódio (Foto: Mercedes)

“Nós discutimos pela manhã: vamos tomar o risco e tentar vencer? A resposta foi sim. Ele (Hamilton) estava com pneus médios, 5 voltas mais velhos do que o restante do grid, e segurar a posição de pista foi a decisão certa a se fazer. No fim, não deu certo. Mas prefiro vencer a corrida do que terminar em 2º e 3º”, completou.

Wolff, inclusive, falou com Hamilton no rádio imediatamente após a corrida. O piloto agradeceu o trabalho dos mecânicos pela rapidez nos pit-stops, enquanto o chefão enfatizou que a postura agressiva de riscos já havia sido tomada pela equipe antes mesmo da disputa.

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“Para começar: Lewis estava à frente. Então, não teve problema com a decisão. Você pode mandar Lewis aos boxes, perder posição de pista com relação a Verstappen e manter George: está ferrado. Ou, você pode parar os dois: está ferrado. Então valeu a pena tomar o risco. Falei com Lewis que existem muitos positivos a serem tirados disso. 2º e 4º incomoda, mas tivemos um bom ritmo de corrida”, adicionou Wolff.

O chefe das Flechas Prateadas também analisou o ritmo da Red Bull em Zandvoort e o timing do safety-car virtual, este causado por Yuki Tsunoda na volta 45. Sorte para Verstappen e azar para a dupla da Mercedes — que, ainda assim, se vê cada vez mais próxima da vitória.

“A Red Bull tem muita velocidade de reta. Se você estiver com o mesmo pneu que eles, não vai vencer a corrida. (VSC) às vezes funciona para você, às vezes não: contanto que estejamos seguindo as regras. As decisões da direção de prova foram precisas”, disse Wolff.

“(Monza) é uma boa pista para nós, mas não sei ao certo se vamos ter fins de semana de mais sucesso do que este — em termos de ritmo do carro. Ainda há muito para entender. Vamos tentar ao máximo vencer, estamos um pouco mais perto disso hoje. Se terminarmos em segundo no Mundial de Construtores, é uma boa motivação para o time, mas meus olhos estão voltados para o próximo ano”, finalizou.

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