Ricciardo coloca prazo de um ano de adaptação para “ser mais completo” na McLaren

Daniel Ricciardo não esconde que começou abaixo do esperado na McLaren, mas com foco total em 2022, com o novo regulamento técnico da F1 e a possibilidade de lutar por vitórias e título, australiano pede um ano para ficar 100% à vontade na nova casa

Acidente do líder, erro do campeão e vitória de Pérez: os melhores momentos do GP do Azerbaijão (GRANDE PRÊMIO com Reuters)

Em ano de estreia na McLaren, Daniel Ricciardo não começou bem e apontou que ainda precisa de muita adaptação para se firmar na equipe de Woking. Ao passo que o próprio australiano reconhece que está abaixo do esperado, o veterano de 31 anos afirma que não se desmotiva e que busca a cada dia se encaixar ainda mais no estilo de pilotagem que o MCL35M existe.

Em entrevista ao site oficial da F1, realizada durante o GP do Azerbaijão, Ricciardo abriu o jogo e os pensamentos acerca do primeiro ano na equipe de Woking. Dono de dois sextos lugares, na Emília-Romanha e na Espanha, como melhores resultados na temporada, o australiano recorre a motivação para superar os percalços e se adaptar à nova casa.

“Já estive nessa situação antes, seja neste nível ou não, na Fórmula 1 ou fora dela. Naturalmente, você sempre passa por esses altos e baixos. Me apaixono pelo esporte uma vez ao ano, pelo menos. Sempre tive essa sensação e provavelmente sempre terei”, afirmou.

“Uma coisa boa em mim é que sempre consegui acordar na segunda-feira de manhã, depois de uma corrida difícil como Mônaco, e manter a cabeça erguida. Fico deprimido ao longo da semana. Fico triste no domingo à noite, mas aí acordo na segunda-feira com a motivação renovada. Digo para mim: ‘Esse sentimento, eu não gosto dele, o que farei para mudar? Realmente consigo achar perspectiva nos dias ruins”, disse.

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Após passar duas temporadas na Renault, Ricciardo, que também penou para se adaptar a equipe francesa, segue na mesma toada em solo britânico. O piloto da McLaren revelou que desde o primeiro contato com o carro, já sabia que o desafio seria grande e que muito tempo de adaptação seria necessário.

“Quando guiei o carro pela primeira vez, disse: ‘Ok, é um carro diferente’. Mas isso não me desencorajou. Apenas disse ‘Vou ter que me adaptar. Quanto mais voltas eu der, mais rápido isso acontecerá”, seguiu. “O carro é bem diferente, tenho que trabalhar duro nele, e não apenas dando voltas. Tenho que me adaptar a várias coisas com meu estilo de guiar para ajudar o carro. Eu sigo tentando extrair o máximo disso”, completou

“Hoje [sexta-feira em Baku] por exemplo, eu sei que o carro não está perfeito – nenhum carro está – Estou menos focado no acerto, me concentrando mais na maneira que ele deve ser guiado, para depois me preocupar com o acerto. Estou mais focado em mim agora, eu senti desde cedo que o carro é um pouco diferente. Diferente não é ruim, diferente do tipo ‘ tenho que trabalhar nele”, afirmou.

Daniel Ricciardo foi aos pontos e terminou o GP do Azerbaijão na nona colocação (Foto:McLaren)

Ricciardo leva em conta ao processo fatores como a mudança de assoalhos na categoria, que segundo ele, impacta a todos os pilotos, principalmente os que trocaram de equipe na temporada. Além disso, já projetando uma mudança de patamar da McLaren em 2022, quando o novo regulamento técnico da F1 entrar em vigor, o australiano afirma que usa a atual temporada como uma grande sessão de testes para estar pronto no ano que vem, brigar por vitórias e, eventualmente, o tão sonhado título.

“Conversando com outro pilotos, sobre o novo assoalho e a forma como os pneus operam, percebo que está sendo desafiador para todo mundo, talvez isso seja amplificado para minha situação porque eu troquei de equipe e estou em um carro único”, continuou.

“No momento, penso que estou apenas tentando me adaptar, isso é fato. Obviamente, você quer resultados no presente, mas não tenho me pressionado tanto, e ultimamente não estamos brigando pelo título nesta temporada, então o que temos a perder? Talvez um quinto ou oitavo lugar. Eu prefiro colocar tudo em ordem, caso no ano que vem a temporada nos permita brigar pelo título, eu esteja no auge de minha forma para isso”, seguiu.

“Estou muito confortável com a equipe e familiarizado com todos. Estava preocupado em deixar algumas coisas passarem. Você, com toda certeza, deixa a zona de conforto em uma nova equipe. Isso demanda um trabalho extra e mais energia, mas estando comprometido com a McLaren nos próximos anos, esse esforço valerá a pena. Ao passo que se foram seis meses, em um ano devo ser um piloto mais completo”, afirmou o australiano.

“Estou muito confortável com a equipe, temos um ótimo relacionamento. Trabalhamos muito na pré-temporada, agora a grande luta é eu ganhar velocidade, digo, ficar confortável guiando o carro da maneira que ele deve ser guiado”, concluiu.

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