De casa nova, Grosjean inicia trabalhos com Haas nas próximas semanas na sede da Ferrari

Mesmo longe de contar com um carro competitivo ao longo da temporada 2015, Romain Grosjean fez um trabalho bastante razoável com a Lotus, chegando inclusive a conquistar um improvável pódio no GP da Bélgica, em agosto. Mas agora, Enstone, depois de praticamente toda sua carreira na F1, iniciada em 2009, faz parte apenas das lembranças do franco-suíço. A partir deste mês de dezembro, Grosjean vai iniciar de fato os trabalhos na sua nova casa, a Haas, visando a estreia do time norte-americano em 2016. E tudo começa na grande parceira da nova equipe da F1, na casa da Ferrari, em Maranello.

 

“Começaremos a trabalhar já em dezembro, em Maranello. Ali é onde está o novo túnel de vento e o simulador”, declarou Grosjean em entrevista à revista alemã ‘Auto Motor und Sport’. O piloto vai trabalhar sob os comandos de Gene Haas e Gunther Steiner e terá como companheiro de equipe o mexicano Esteban Gutiérrez.

 

A Haas entra na F1 num patamar muito distinto em relação às últimas equipes que ousaram tentar disputar o Mundial. Em 2010, Lotus (depois Caterham), HRT e Virgin (depois Marussia e hoje Manor) entraram no grid, mas enfrentaram muitas dificuldades técnicas e, principalmente, financeiras. Passados cinco anos daquela temporada, apenas a Manor resiste na F1, e ainda assim aos trancos e barrancos, terminando 2015 como a pior dentre as dez equipes do campeonato. 

Entretanto, a Haas abre sua jornada na F1 com uma grande aliança com a Ferrari. Já parceira técnica do time de Maranello antes de fazer sua estreia, a equipe chefiada por Gene Haas assinou contrato com a mais importante equipe do Mundial para ser uma espécie de time B, contando com todo o suporte dos italianos no desenvolvimento do seu novo carro, bem como motor e câmbio desenvolvidos pela Ferrari, um dos times que mais evoluiu em 2015.

 

Diante disso, Grosjean não teve dúvidas quando recebeu a proposta, principalmente depois de enfrentar vários contratempos e falta de competitividade com a Lotus em 2015. “O maior problema foi que apenas trouxemos algumas mudanças para o carro. Terminamos a temporada basicamente com o carro de Melbourne”, assinalou o piloto, indicando que o E23 foi praticamente o mesmo desde a abertura do Mundial.

 

Agora, de casa nova, Grosjean vai trabalhar muito próximo à Ferrari. Embora ressalte a importância e o sonho de um dia defender o time italiano, Romain diz que seu foco principal está em liderar o novo projeto da Haas. 

 

“Guiar para a Ferrari é um sonho para qualquer piloto. Mas antes de tudo, quero ser o primeiro piloto que coloque uma equipe norte-americana na trilha do sucesso. E acredito que, com a aliança com a Ferrari, vamos ter um bom carro”, finalizou o franco-suíço, ansioso para já começar os trabalhos com a Haas em Maranello.

 

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