Ecclestone nega suborno, mas admite pagamento de propina a banqueiro por conta de ameaças
Julgamento do presidente da FOM teve início nesta quarta-feira (6), na Corte de Londres. Acusado de suborno e suspeita de corrupção nas vendas das ações da F1, Bernie negou ter tomado medidas ilícitas, e se colocou na condição de vítima de Gerhard Gribkowsky, acusado de receber suborno: "Ele disse que iria me destruir em relação a questões fiscais"
No primeiro dia de julgamento por conta da suspeita de participação em um esquema de corrupção na venda das ações da F1, na Corte de Londres, nesta quarta-feira (6), Bernie Ecclestone negou ter feito qualquer tipo de acordo corrupto com Gerhard Gribkowsky, proprietário do banco de investimentos BayernLB, durante as negociações.
O grupo alemão, especializado em mídia esportiva, detinha ações da F1, mas foi obrigado a vendê-las à CVC em 2003 por US$ 814 milhões (aproximadamente R$ 1,83 bilhão). Um acordo contratual, no entanto, redirecionaria um percentual financeiro em caso de qualquer acordo feito pelo banco no futuro, o que não aconteceu.
Relacionadas
Além disso, especialistas estimam que tais ações valiam algo em torno de US$ 5,9 bilhões no começo de 2006 – perto de R$ 13 bilhões. A própria empresa estima que o prejuízo pode chegar a R$ 360 milhões. Por conta disso, a indenização que o grupo espera receber chega à casa dos £ 90 milhões (mais de R$ 330 milhões).