Empresa norte-americana entra na justiça contra Ecclestone e cobra R$ 1,3 bi referentes a caso de suborno

A Bluewaters Communications Holdings alega que era uma compradora em potencial das ações da F1 caso o banqueiro alemão Gerhard Gribkowsky não tivesse recebido uma propina para facilitar o processo de negociações com o grupo financeiro CVC

Os tribunais parecem ser um ambiente tão comum para Bernie Ecclestone quanto as pistas. O britânico de 82 anos, detentor dos direitos comerciais da F1, que recentemente travou batalhas na Europa, precisará enfrentar o sistema judiciário norte-americano. A acusação partiu da Bluewaters Communications Holdings e diz respeito à carregada de suspeitas venda das ações da F1 para o grupo financeiro CVC.

A Bluewaters cobra uma indenização de US$ 650 milhões (R$ 1,3 bilhão) de Ecclestone por conta do escândalo de suborno do banqueiro alemão Gerhard Gribkowski, condenado a oito anos e meio de prisão pela justiça alemã no primeiro semestre de 2012. Segundo a companhia, ela era uma potencial compradora das ações da F1, porém, foi deixada de lado após o pagamento de uma propina de Ecclestone a Gribkowsky.

Eccestone é uma das figuras mais controversas do mundo dos esportes (Foto: Red Bull/Getty Images)

A ação, registrada na Suprema Corte do estado de Nova York, é contra Ecclestone e as companhias Alpha Prema, Alpha Topco e Delta Topco, o CVC, Gribkowsky e o banco Bayerische Landesbank, para o qual Gribkowsky trabalhava.

Nos autos do processo, a Bluewaters acusa Ecclestone do pagamento de propina a Gribkowsky. Ao contrário do que diz a defesa do todo-poderoso da F1, os norte-americanos defendem que o dirigente foi quem orquestrou o esquema, e não apenas uma vítima do mesmo: “Ecclestone orquestrou e pagou a propina para preservar seu status como o cabeça deste império automobilístico conhecido como F1”.

Após uma recapitulação cronológica de 27 páginas, a conclusão apresentada pela Bluewaters é: “Ecclestone enriqueceu indevidamente recebendo uma taxa imprópria; Gribkowsky enriqueceu indevidamente por aceitar uma propina; CVC, Alpha Prema, Alpha Topco, Delta Topco, Ecclestone e Gribkowsky devem devolver os lucros legitimamente pertencentes à Bluewaters”. Todos os citados acima teriam lucrado por causa de uma aquisição fraudulenta por parte do CVC. Ainda segundo a empresa norte-americana, o valor de mercado da F1 é de US$ 10 bilhões (pouco menos de R$ 21 bi).

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