Equipe de motores da Renault planeja novos protestos em meio à impasse por saída da F1
Após se reunirem com o CEO da Renault, Luca de Meo, mas não chegarem a um acordo, os funcionários da divisão de motores da montadora francesa já preparam novos protestos
Os funcionários da fábrica da Renault em Viry-Châtillon ainda não chegaram a um acordo com o CEO, Luca de Meo, e planejam novos protestos em meio ao encerramento das atividades da montadora francesa na fabricação de motores para a Fórmula 1 a partir de 2026. Apesar de ter dito que a decisão final “ainda não foi tomada”, espera-se que a Alpine, marca que representa a Renault na categoria, passe a ser uma equipe cliente.
A informação é do site neerlandês RacingNews365. De Meo concordou em se reunir com os trabalhadores da divisão de motores na última sexta-feira (20). Assim que a notícia do fim da produção de unidades de potência para a F1 em 2026 tornou-se pública, o grupo decidiu protestar e levou uniformes e faixas para a etapa de Monza, Itália, pedindo a permanência da marca como fabricante de motores.
A cúpula da Alpine, então, reagiu rapidamente e declarou que “o projeto de transformação está sendo avaliado e nenhuma decisão foi tomada ainda pela administração”.
Em nota envidada à imprensa, os funcionários da Renault agradeceram “aos representantes da Alpine e à direção do Grupo Renault pela oportunidade de trocar ideias”.
“Os esforços e as propostas concretas da delegação de Viry-Châtillon parecem ter repercutido na direção, que ainda está considerando a possibilidade de manter as operações da F1 na sede francesa”, continuou o texto.
“Do jeito que as coisas estão, a ameaça de interrupção do desenvolvimento de motores da F1 na França ainda está presente. O risco de perder um know-how exclusivo permanece, justamente quando o setor na França precisa apoiar e consolidar seus talentos. Isso requer uma rede de cooperação nacional”, encerrou o comunicado.
Espera-se decisão até 30 de setembro sobre os motores da Alpine para 2026. Uma das possibilidades é união com a Mercedes — confirmada pelo próprio dirigente à revista inglesa Autosport. Se consolidada, a decisão de abandonar as unidades de potência de fabricação própria significaria o fim de uma era de 47 anos de motores Renault no grid da F1. Desde 1979, foram 178 vitórias em GPs, incluindo nove sob o nome TAG Heuer.
A Fórmula 1 agora faz longa pausa e retorna de 18 a 20 de outubro em Austin, Estados Unidos, início da perna americana da temporada 2024.
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