Equipes negam que tenham sido procuradas pela Pirelli para treino privado após GP da Espanha

Red Bull, Ferrari e Lotus disseram que não foram procuradas pela Pirelli e, mesmo que tivessem sido, não poderiam aceitar o convite, já que o regulamento esportivo da F1 proíbe treinos com o carro de 2013

Principais equipes na temporada 2013 da F1, Red Bull, Ferrari e Lotus afirmaram que não receberam nenhuma oferta da Pirelli para conduzir um treino com o carro deste ano após o GP da Espanha. Essa teria sido uma das condições impostas pela FIA para que a fornecedora de pneus pudesse realizar uma atividade com os bólidos de 2013, antes do polêmico teste secreto da Mercedes.

O chefe de equipe da Red Bull, Christian Horner, afirmou que a Pirelli já vinha pedindo treinos há algum tempo e por isso recebeu o carro usado pela Lotus há alguns anos, para continuar desenvolvendo os compostos, pois o regulamento esportivo da F1 impede que as equipes treinem fora dos fins de semana de corrida – e do treino dos novatos – com a máquina deste ano.

Christian Horner afirmou que a Red Bull não foi procurada (Foto: Getty Images)

“Nós nunca achamos que isso estava de acordo com o regulamento”, disse o dirigente. “Claro que a Pirelli já queria testar por algum tempo, e o compromisso que foi acertado com eles é que iam usar o carro da Lotus, já que o Toyota que eles tinham estava defasado. Esse era o compromisso”, declarou.

A polêmica envolvendo o teste secreto da Mercedes começou no domingo, quando Red Bull e Ferrari protestaram contra a atividade. A FIA explicou que permitiu o treino desde que ele fosse conduzido pela Pirelli e que todas as equipes tivessem a mesma oportunidade de ir à pista. Os times, porém, afirmaram que não foram procurados.

Horner disse, ainda, que durante as negociações sobre os treinos ao longo do ano a Red Bull foi procurada para ser a responsável, mas isso acabou negado pelas outras escuderias. “Em um momento, houve a proposta de que eles deveriam testar com a equipe que venceu o Mundial de Construtores, mas claro que as outras equipes ficaram horrorizadas, e também era preciso ser aceito com unanimidade. O que não aconteceria”, revelou o dirigente.

Por isso, o dirigente afirmou que mesmo que a Pirelli tivesse o procurado após o GP da Espanha já sabia que não poderia testar com o carro de 2013. “Então, qualquer pedido para treino sempre foi visto pela maioria das equipes do paddock como algo fora do regulamento, portanto impossível”, completou.

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Já Stefano Domenicali, da Ferrari, confirmou que a fornecedora de pneus tinha solicitado testes, mas havia sido ignorada porque não seria possível usar os carros de 2013. “Por dois anos, a Pirelli pediu para todas as equipes para fazer alguns testes. Para nós, estava claro que não poderia ser feito com o carro atual. É por isso que, mesmo com eles tendo nos pedido formalmente, não acreditávamos que seria possível fazer”, afirmou.

Ao contrário de Red Bull e Ferrari, a Lotus não entrou com um protesto contra a Mercedes, mas o chefe da escuderia, Eric Boullier, deixou claro que não foi procurado após o GP da Espanha. “Não. Eu ouvi alguns rumores sobre a FIA ter dado permissão, mas seja lá qual permissão foi dada ela deveria ter sido estendida a todos nós. E ao menos era preciso informar a todos, não apenas ir lá e testar”, disse.

O francês, porém, afirmou que mais importante que a Mercedes ter sido beneficiada com a atividade é o fato de uma equipe ter quebrado o regulamento. “Há um regulamento esportivo e até mesmo um acordo para testes entre as equipes. Eles poderiam ter tirado vantagem disso e eles só foram testar porque tiveram essa vantagem. Mas, mais do que isso, houve uma quebra do regulamento”, encerrou.

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