Experiência, gestão de pneus e altos e baixos de Albon: por que Red Bull escolheu Pérez

Em entrevista à emissora austríaca Servus TV na noite da última segunda-feira, Helmut Marko explicou os motivos que fizeram a Red Bull preterir Alexander Albon e trazer Sergio Pérez como titular para a temporada 2021. O dirigente lembrou que o mexicano traz também conhecimento sobre os motores Mercedes, que empurraram seus carros desde 2014

A contratação de Sergio Pérez pela Red Bull para a temporada 2021 representou uma ampla mudança de paradigma na equipe dos energéticos nos últimos anos. Desde o fim do ciclo de Mark Webber, em 2013, a escuderia de Milton Keynes sempre contou com pilotos formados ou que passaram a fazer parte do seu programa de desenvolvimento. Mas o ano oscilante de Alexander Albon, em contraste com a temporada excepcional de ‘Checo’, com direito à conquista de uma vitória com a Racing Point, foram determinantes para que o mexicano de 30 anos fosse escolhido para substituir o anglo-tailandês no ano que vem.

Na noite da última segunda-feira (21), Helmut Marko, consultor da Red Bull e figura determinante para a contratação de Pérez, concedeu entrevista ao canal austríaco Servus TV, emissora ligada à empresa dos energéticos. Ao lado de Max Verstappen, o dirigente explicou por que ‘Checo’ foi contratado. E além da bagagem de dez temporadas, o mexicano foi escolhido porque é de consenso dentro da equipe que a sua chegada vai fortalecer as estruturas visando a busca pelo título mundial, além de o piloto nascido em Guadalajara ter bom conhecimento dos motores Mercedes, que empurraram seus carros desde 2014, no início da era híbrida.

“Nosso objetivo é conquistar o título mundial, como aconteceu anos atrás. Para isso, precisamos de dois carros que possam lutar na parte da frente, é sobre estratégia. Pérez está mais em forma do que nunca. Com Alex Albon, no entanto, houve altos e baixos, de modo que tivemos de tomar uma decisão”, explicou Marko.

SERGIO PÉREZ; RACING POINT; ABU DHABI;
Pérez vai defender as cores da Red Bull em 2021 (Foto: Racing Point)

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“Se queremos buscar o título dos Construtores, precisamos ter um homem forte no segundo carro”, salientou.

Sobre a Mercedes, Marko espera que ‘Checo’ compartilhe seu conhecimento sobre as unidades motrizes alemãs. “Sergio traz muito conhecimento sobre a Mercedes. Quando eles [Racing Point] encerraram o contrato com ele, naturalmente que ele passou a observar muito atentamente o que a Mercedes faz. Espero muitas informações da parte dele”.

O consultor da Red Bull destacou um dos pontos fortes mais conhecidos de Sergio. “Pérez tem uma gestão dos pneus que é incrível. Seus dez anos de experiência são uma vantagem”.

Por fim, Marko lembrou que não fazia sentido, para uma equipe como a Red Bull, ter somente um piloto entre os ponteiros, como foi o caso de Max Verstappen nos últimos anos, enquanto o segundo carro poucas vezes lutou efetivamente pelo pódio, como foi com Pierre Gasly no começo do ano passado e com Albon no último ano e meio.

“Foi uma negociação de contrato relativamente curta, é um acordo de um ano. Podemos intervir se ele receber outras ofertas. O pano de fundo é: desde que Max está conosco, com exceção de [Daniel] Ricciardo, o segundo carro sempre está atrás. Também é algo que vai contra a nossa filosofia. Até agora, quase sempre tivemos pilotos do nosso programa”, concluiu.

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