Alonso lamenta ausência de pilotos jovens na F1: “Muitas coisas erradas”

Fernando Alonso afirmou que o teto orçamentário e a falta de testes limitam a preparação de jovens pilotos, que acabam perdendo a oportunidade de estrear na Fórmula 1

A temporada 2024 da Fórmula 1 não teve nenhum novato estreando na categoria — além de Oliver Bearman, que substituiu Carlos Sainz apenas no GP da Arábia Saudita —, e viu o grid permanecer exatamente da mesma forma que terminou em 2023. A estatística não agradou Fernando Alonso, que apontou inúmeras falhas da categoria e criticou a falta de testes e oportunidades para os jovens.

Os times da Fórmula 1 estão se mostrando bem resistentes a promover jovens talentos. Tanto que Felipe Drugovich e Théo Pourchaire, últimos campeões da Fórmula 2, seguem sem uma vaga no grid da principal categoria do esporte a motor. Além disso, Liam Lawson, que entregou bons resultados na AlphaTauri quando substituiu Daniel Ricciardo no ano passado, também não conseguiu uma vaga e segue como piloto reserva da escuderia de Faenza.

A boa atuação de Bearman em Jedá levantou novamente a discussão de que os pilotos mais jovens precisam ter mais espaço na F1. E Alonso concorda com isso, mas acredita que existe um conjunto de fatores que resultam na falta de oportunidades para novos nomes no grid. Dentre eles está a falta de novas equipes no grid, a pouca quantidade de testes e a preocupação com o limite orçamentário.

“Talvez sim [seja ruim não ter uma nova equipe no esporte], mas a Fórmula 1 é uma categoria difícil. Não há presentes e não se tem muito tempo. Seria bom ver um pouco mais de testes acontecendo e tem algumas grandes equipes que podem se dar ao luxo de utilizar um carro antigo e definir um programa para pilotos de F2. Li que [Kimi] Antonelli fará um programa nesta temporada. Algumas equipes grandes podem pagar por isso, mas ainda não há preparação e testes adequados”, apontou o bicampeão.

Apesar de jovem, Bearman deixou claro que está pronto para a F1 (Foto: Ferrari)

“É assim que o esporte está no momento e temos tantas corridas e equipes. As equipes já estão tão estressadas ​​com o limite orçamentário e com todo o pessoal que viaja ao redor do mundo para essas 24 corridas que acho que é impossível montar uma equipe de testes para preparar um jovem piloto como no passado”, seguiu Alonso.

Fernando ainda criticou os testes reduzidos de pré-temporada. Atualmente, a Fórmula 1 promove três dias de atividades de pista antes da primeira corrida do ano e os pilotos precisam se revezar dentro do carro.

“E nem temos testes de inverno, mesmo que você coloque um novato no seu carro, ele terá um dia e meio antes de começar a temporada. Então isso provavelmente impede alguns chefes de equipe de realmente promover um novo piloto. Há muitas coisas erradas no esporte e às vezes levantamos a voz. Mas espero que alguém ouça”, finalizou Alonso.

Fórmula 1 volta entre os dias 22 24 de março com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do fim de semana.

:seta_para_frente: Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
:seta_para_frente: Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.