Alonso provoca “mais lento” Ocon, que se defende e nega culpa por acidente em SP

O começo da corrida sprint do GP de São Paulo de Fórmula 1, realizada na tarde deste sábado (12), em Interlagos, contou com um par de colisões entre os pilotos da Alpine logo nos metros iniciais. Tanto Fernando Alonso quanto Esteban Ocon viram as chances de marcar pontos acabarem rapidamente e saíram atirando um contra o outro, ainda que de maneira floreada nas declarações que deram ao saírem do cockpit.

O primeiro acidente aconteceu logo no começo, na volta de abertura, quando Ocon brigava com Lando Norris, ficou para trás e viu Alonso dividir a curva com ele. O toque lateral aparentava ser pior para Fernando, que sacudiu e quase rodou. E um novo encontro estava marcado para a entrada da reta dos boxes naquela volta. Alonso tentou abrir para emparelhar, mas Ocon defendeu e, desta maneira, o veterano acabou batendo a asa dianteira na traseira de Esteban.

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Ainda no carro, Alonso disse que Ocon tentara “empurrar na curva quatro e depois conseguiu [bater] na reta. Bom trabalho”. Logo após a corrida, em entrevista que contou com a participação do GRANDE PRÊMIO, Fernando deu a entender que Ocon sempre procura contato quando os dois se aproximam e fez uma provocação direta: foi mais atrapalhado porque está num fim de semana rápido contra um mais lento de Ocon — apesar do francês ter largado uma posição na frente.

“Já estive muito perto do muro [por lutas com Ocon] em alguns casos neste ano. Foi assim em Jedá, na Hungria… Parece que sempre que largamos perto as corridas se tornam defensivas. Não há o que fazer, é assim que as coisas são. Nós dois tentamos fazer o melhor, mas infelizmente hoje não funcionou”, falou.

“Não vi ainda na TV, não sei o que aconteceu, mas sei que não marcamos pontos hoje. É uma pena, porque, ao menos do meu lado, o carro estava bastante rápido. Do lado dele tem sido um fim de semana mais lento. Para mim, foi uma oportunidade perdida, mas nem tudo está perdido. Ainda tem amanhã”, seguiu.

“Não acho que nada mais seja necessário [para equipe melhorar relação dos dois]. Só tenho mais uma corrida pela frente [na Alpine] e, ano que vem, ele estará numa outra equipe, outro companheiro, e a equipe terá de lidar com outra relação. Por mim está bem assim”, finalizou.

Ocon foi em outro caminho: a culpa não pode ser dele pelo primeiro acidente porque nem sequer estava brigando com Alonso. O interesse dele era em quem estava na frente. Depois, no segundo, garantiu que nem percebeu na hora em que aconteceu.

“É uma pena para a equipe, na real. Olhando para como nossa classificação foi boa ontem em comparação à posição de hoje, é uma pena. Larguei bem, tentei mergulhar por dentro contra Norris, ficou apertado. Eu tirei um pouco o pé, fiquei no meu lugar e Alonso estava do meu lado. Tocamos. Daí em diante, acabou minha corrida”, lamentou.

“Não tinha ideia de que tinha acontecido, mas fui empurrado. Não sei o que devia acontecer ali… O sidepod do meu carro está completamente aberto, não sei como ele bateu. O carro estava pegando fogo no fim”, contou.

Questionado sobre o que achava de Alonso colocando nele, Esteban, a culpa pela batida, foi taxativamente na direção contrária.

“Não… É a opinião dele, mas a minha é diferente. Eu estava na frente, quem estava brigando [com o outro] não era eu. Eu estava perseguindo a McLaren, mas é a corrida, cada um tenta tirar o máximo que dá”, encerrou ao GP.

Otmar Szafnauer, chefe da Alpine, foi curto: “Os dois precisam fazer um trabalho melhor, francamente”, resumiu.

O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO e EM TEMPO REAL e cobre o GP de São Paulo de Fórmula 1 ‘in loco’ com Ana Paula Cerveira, André Netto, Evelyn Guimarães, Felipe Leite, Gabriel Curty, Luana Marino, Rodrigo Berton, Pedro Henrique Marum e Victor Martins. No domingo, a largada está marcada para as 15h [de Brasília, GMT-3].

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