Ferrari e Red Bull lideram ‘motim’ de equipes contra medidas da FIA para conter quiques

De acordo com a Autosport, Ferrari, Red Bull, AlphaTauri, Alfa Romeo, Haas e Williams não estão de acordo com as mudanças de assoalho para o ano que vem. Alegam, também, que ajustes no regulamento técnico possam beneficiar a Mercedes em 2023

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) enfrenta uma espécie de “rebelião” de pelo menos seis equipes de Fórmula 1 que não estão de acordo com as mudanças de assoalho que serão introduzidas na temporada 2023 para ajudar a evitar o porpoising. De acordo com o Autosport, a organização entende que, além da aplicação da Métrica de Oscilação Aerodinâmica (AOM), é necessário que haja mudanças nos regulamentos técnicos para o ano que vem.

Em reunião realizada ao término do GP da Áustria, a FIA passou a exigir um aumento de 25 mm das bordas do assoalho, um aumento da garganta do difusor, testes de deflexão lateral mais rigorosos e o uso de um sensor mais preciso que possa medir os quiques. A apuração aponta que Ferrari, Red Bull, AlphaTauri, Alfa Romeo, Haas e Williams são as equipes que se colocam à frente para desafiar as mudanças da FIA.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Os times estão à espera de propostas de regras mais detalhadas da organização sobre o tema, porém, a série de medidas deixaram a desejar, pois as consideram desnecessárias e, de acordo com elas, o problema do porpoising parece sob controle nas últimas provas. Este descontentamento levou ao início de pressão em cima do presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, sob o argumento de que as mudanças nas regras técnicas para 2023 não tem relação à segurança pura e simples, portanto, não devem seguir adiante.

São seis equipes que contestam as mudanças técnicas propostas pela FIA para 2023 (Foto: Bryn Lennon/Getty Images/Red Bull Content Pool)

Há a possibilidade do número de equipes insatisfeitas subir para oito, o que seria suficiente para que uma mudança de regra em que haja maioria seja ratificada pelos processos normais da Comissão Técnica da F1, para que a solução encontrada seja um aumento menos extremo do assoalho, cerca de 10 mm. O que não está claro é quais caminhos a seguir pelas equipes caso a FIA siga irredutível em não desistir de optar pela versão mais extrema do solo.

LEIA MAIS
As corridas do fim de semana na TV e no streaming: 22 a 24 de julho

Um fator que está completamente descartado neste cenário é o veto da Ferrari, aquele em que a equipe mantém o direito de bloquear qualquer mudança de regras graças ao Pacto da Concórdia, assinado em 2021. Neste cenário, é improvável que o veto seja capaz de impedir a aprovação das novas regras por motivos de segurança genuínos, porque a situação não se mostra clara.

Há o temor, também, destes ajustes serem feitos para beneficiar a Mercedes, afinal, a equipe alemã foi quem mais sofreu para eliminar os problemas enfrentados e, por isso, a FIA está sendo forçada a intervir para mudar as regras do jogo. Um chefe de equipe, que preferiu não ser identificado, disse ao Autosport que as Flechas de Pratas encontraram cerca de 40% a mais de downforce para a próxima temporada e, por isso, foram à organização pedir mudanças. “Se realmente fez isso, então entreguem a eles o campeonato mundial agora”, disse o mesmo diretor. A FIA nega, no entanto, e aponta que as ações são motivadas para garantir que a atual geração de carros seja segura.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.