Ferrari e Renault decidem apelar sobre punição aplicada pela FIA à Racing Point

Duas das cinco equipes que protestaram na Federação Internacional de Automobilismo sobre a punição aplicada à Racing Point oficializaram o pedido de revisão. McLaren, Williams e a própria ré precisam se manifestar até a manhã desta quarta-feira sobre o caso ou largá-lo de vez

A decisão da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) em punir a Racing Point, por ter violado o regulamento ao usar dutos de freio traseiros da Mercedes de 2019 em seu atual carro, iniciou uma nova batalha no grid da Fórmula 1. A Ferrari e a Renault confirmaram, nesta terça-feira (11), a intenção de recorrer da sanção junto à entidade máxima do esporte a motor. Ainda, o movimento das duas equipes em prosseguir com o recurso significa também que o caso agora vai definitivamente para o Tribunal Internacional de Apelação da FIA.

As demais equipes que queiram apelar da punição têm de oficializar a reclamação até a manhã desta quarta-feira ou abandonar o caso. A McLaren já descartou o interesse em apresentar uma queixa contra a adversária, enquanto a Williams ainda não se pronunciou sobre o caso.

A FIA aceitou as alegações da esquadra francesa sobre a legalidade dos dutos de freios do RP20, carro da Racing Point para 2020 apelidado de ‘Mercedes rosa’ por ser praticamente uma cópia da Mercedes W10, de 2019, e puniu o time de Lawrence Stroll com a perda de 15 pontos no Mundial de Construtores e uma multa de € 400 mil (cerca de R$ 2,5 milhões).

Ferrari, Renault, McLaren e Williams manifestaram a intenção para que a punição fosse revista e ampliada. Para isso, os times – e também a Racing Point – precisariam apresentar evidências para que o caso seja analisado na Corte de Apelações da FIA.

Os carros da Racing Point lideram o pelotão durante o GP dos 70 Anos (Foto: Racing Point)

Punida, a Racing Point também quer nova análise da entidade máxima do automobilismo. A equipe alega que os dutos de freios não eram partes listadas quando as informações foram obtidas e, por isso, o time seria inocente. A mudança no regulamento aconteceu no dia 31 de dezembro de 2019, quando o equipamento passou a ser considerado peça original, obrigando cada escuderia a montar seu próprio duto de freio, sem copiar ou receber informações externas.

Otmar Szafnauer, chefe de equipe da Racing Point, mostrou-se inconformado com a decisão da FIA e com a postura das rivais. Lawrence Stroll, dono do time, bradou que nunca trapaceou na vida e alega que vai provar sua inocência.

Nesta terça-feira (11), a Williams justificou sua entrada no caso, afirmando que o caso da Racing Point não corresponde ao “verdadeiro DNA da Fórmula 1”. Claire Williams, chefe-adjunta do time, no entanto, disse entender que o espírito de descobrir novidades está presente na categoria desde o início.

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