Ferrari evita procurar desculpas após desastre no GP do Canadá: “Nós nos prejudicamos”

Erros de estratégia, problemas de motor com Charles Leclerc e batida de Carlos Sainz: este foi o saldo da Ferrari no Canadá, e Frédéric Vasseur não isentou o time de culpa

A Ferrari reconheceu que teve total culpa na performance irreconhecível no GP do Canadá, realizado neste domingo (9). O chefe da equipe, Frédéric Vasseur, deixou claro que o caos causado pelo clima muito incerto não foi o que determinou os resultados de Charles Leclerc e Carlos Sainz, e sim os próprios erros do time em si.

Desde o sábado, os italianos demonstraram dificuldades com o acerto do carro e também em colocar os pneus na temperatura ideal. Antes com chances reais de saírem de Montreal na liderança do Mundial de Construtores, a dupla de pilotos parou ainda no Q2. Na corrida, a Ferrari viu o motor de Leclerc forçá-lo abandono e também Sainz errar sozinho.

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Só que o time também teve sua cota de decisões equivocadas no momento em que chamou Charles aos boxes para colocar slicks praticamente no instante em que voltou a chover na corrida. Por essas razões, Vasseur foi direto ao avaliar a performance.

“As condições não nos prejudicaram, nós nos prejudicamos”, cravou à Sky Sports. “Em relação ao motor, foi um problema técnico que precisamos entender exatamente. Quanto a Carlos, o problema é que ele ficou preso no pelotão no início da corrida, quando havia o trilho. Depois os danos foram demasiado significativos, perdeu vinte pontos de carga em termos de aerodinâmica, algo como perder entre 0s6 e 0s8 por volta. Aí fica difícil superar quando se tem danos tão grandes”, acrescentou.

Sainz roda na pista e atinge Albon no Canadá (Foto: Reprodução/F1)

“Tivemos um problema no motor e perdemos 0s8 por volta em dez, 15 voltas. A certa altura, torcíamos por uma bandeira vermelha para que fosse possível reiniciá-lo. Contudo, ela não veio e tivemos de chamar o carro de volta, perdendo uma volta. Ali, a corrida estava encerrada. Não tenho certeza se o problema vem diretamente da unidade de potência, é mais uma questão de gestão e controles”, completou.

Apesar do número de circunstâncias negativas, o dirigente francês destacou que ritmo da Ferrari não foi um problema na corrida, ao contrário do que se viu no sábado. “Hoje não foi um problema de ritmo, mas sim de confiabilidade.”

“No sábado, entendemos exatamente o que aconteceu, porque na sexta tivemos um ritmo muito bom, tanto na volta rápida quanto em long runs, mas acho e espero que tenhamos descoberto o que era. Hoje não foi uma questão de ritmo, acho que Charles conseguiu se manter no bolo — se não tivesse tido o problema, o ritmo teria sido bom”, concluiu.

Fórmula 1 volta entre os dias 21 e 23 de junho, em Barcelona, com o GP da Espanha, décima etapa da temporada 2024.

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