Ferrari revela processo contra ex-diretor por trabalho antes do prazo com Aston Martin

Ao portal The Race, um porta-voz da Ferrari confirmou que a equipe venceu a ação judicial contra o ex-diretor-técnico, Enrico Cardile, que terá de cumprir o contrato até julho antes de iniciar qualquer colaboração com a Aston Martin

A saída de Enrico Cardile da Ferrari foi mais conturbada do que o aparente. A escuderia italiana revelou que abriu processo contra o ex-diretor-técnico no Tribunal de Modena, na Itália, após descobrir que ele já havia iniciado uma colaboração com a Aston Martin antes do fim do período de carência — conhecido como licença de jardinagem —, o que não é permitido.

Cardile deixou a Ferrari em caráter imediato em 8 de julho do ano passado. No dia seguinte, conforme esperado, foi confirmado como futuro diretor-técnico da Aston Martin, porém qualquer trabalho na nova casa só poderia ser feito depois da licença contratual obrigatória que todo funcionário do corpo técnico de uma equipe precisa cumprir.

A medida é uma forma de evitar compartilhamento de informações em uma mesma temporada para que um time não leve vantagem sobre outro. No caso de Cardile, contratualmente, ele só poderia iniciar o trabalho na equipe de Lawrence Stroll em julho deste ano.

Adrian Newey, por exemplo, afastou-se das atividades ligadas à Fórmula 1 na Red Bull do GP de Miami em diante, entrando de vez no período de carência em setembro, depois do GP da Itália. Ele enfim pôde começar a nova fase da carreira em Silverstone em 3 de março.

Adrian Newey começou oficialmente o trabalho na Aston Martin em março (Foto: Aston Martin)

Ao portal The Race, um porta-voz da Ferrari confirmou a abertura da ação judicial contra Cardile, que terá de cumprir o contrato ainda vigente até o meio do ano. “Com base nas notícias recentes sobre o momento da chegada de Enrico Cardile à Aston Martin, a Ferrari esclarece que, semanas atrás, o Tribunal de Modena, atendendo aos pedidos da empresa, ordenou que ele cessasse imediatamente qualquer forma de colaboração com a Aston Martin até o próximo dia 18 de julho.”

“Nesta fase processual urgente, o Tribunal de Modena concluiu que nosso ex-funcionário já estava violando o compromisso de não concorrência contra a Ferrari, cujo objetivo era precisamente evitar que outras equipes de F1 obtivessem uma vantagem competitiva injustificada ao contratar Cardile antes do tempo permitido, causando danos irreparáveis ​​à Ferrari”, completou.

Procurada pela publicação, a Aston Martin afirmou que “este é um assunto entre Enrico e Ferrari e seus representantes legais na Itália, e as partes continuam envolvidas no processo. Como tal, não faremos mais comentários. Faremos um anúncio no devido tempo”, completou.

Ao atrasar a chegada até a segunda quinzena de julho, a Ferrari coloca a Aston Martin numa sinuca de bico para 2026, uma vez que o projeto já está em fase avançada de desenvolvimento neste estágio. Há, além de tudo, um trabalho ao lado da Honda, que será a nova fabricante de motores, para que chassi e motor se adaptem da melhor forma possível.

Com o período de testes coletivos oficialmente encerrado, a próxima atividade da Fórmula 1 é a estreia da temporada, no GP da Austrália. A etapa está programada para acontecer entre os dias 14 e 16 de março, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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