FIA anuncia abertura de inscrições para novas equipes na F1 a partir de 2025

Nesta quinta-feira (2), a entidade anunciou o lançamento oficial das inscrições para identificar equipes em potencial que desejam participar da Fórmula 1

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) quer mais equipes na Fórmula 1. Nesta quinta-feira (2), a entidade anunciou “o lançamento oficial de um processo de inscrição para identificar equipes em potencial que desejam participar em nível competitivo no campeonato mundial de Fórmula 1 da FIA”. Isso, claro, a partir de 2025.

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O prazo preliminar para tais inscrições é até 17 de fevereiro. O limite formal é 30 de abril, com uma previsão de resposta definitiva da entidade em 30 de junho de 2023. O regulamento esportivo prevê um limite de 12 equipes no grid da F1 — ou seja, há espaço para mais dois times.

Em resposta à recente guerra entre categoria e órgão regulador, o comunicado da FIA deixa claro que o Liberty Media, grupo que detém os direitos comerciais da F1, pode adicionar outros critérios de seleção no processo.

“O crescimento e o apelo da Fórmula 1 estão em níveis sem precedentes. A FIA acredita que as condições são adequadas para as partes interessadas — desde que cumpram com os critérios de seleção — expressarem um interesse formal em adentrar o campeonato”, disse Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, em comunicado.

“Pela primeira vez na história, como parte das condições de seleção, estamos solicitando que os candidatos esclareçam como cumpririam com as metas de sustentabilidade da FIA e como fariam um impacto social positivo por meio do esporte. O processo é uma extensão lógica da aceitação geral do regulamento de 2026 por parte das fabricantes de motor, que atraiu a Audi para a F1 e criou interesse em outras possíveis marcas”, completou.

Mohammed Ben Sulayem se envolveu em inúmeras polêmicas nesta pré-temporada (Foto: Andrej Isakovic/AFP)

Há, no entanto, algumas regras em relação à capacidade técnica, viabilidade e plano de negócios das interessadas. Segundo o órgão regulador, existe uma preocupação em relação à “capacidade da equipe de atender e cumprir suas obrigações sob os regulamentos esportivos, técnicos e financeiros da F1”.

“Todos os candidatos passarão por uma diligência minuciosa. A avaliação de cada candidatura abrangerá, nomeadamente, as capacidades e recursos técnicos da equipe candidata; a capacidade do time para angariar e manter o financiamento suficiente para permitir a participação a nível competitivo; e a experiência e recursos humanos da equipe”, insiste o comunicado.

“Os interesses gerais de longo prazo do campeonato, envolvendo todas as partes interessadas, determinarão quais candidatos serão selecionados, juntamente com os regulamentos e disposições de governança aplicáveis. Os termos do processo formal de candidatura (juntamente com os critérios de seleção completos, prazos aplicáveis, requisitos legais e outras condições) serão comunicados aos candidatos que apresentem uma manifestação preliminar de interesse à FIA”, explicou.

É importante ressaltar que a F1 também tem metas sustentáveis para o futuro. Uma delas é zerar emissão de carbono até 2030. As equipes interessadas precisarão estar cientes e de acordo com a medida.

“Pela primeira vez, qualquer candidato será obrigado a abordar como administrará os desafios envolvendo a sustentabilidade e como planejará alcançar um impacto zero de C02 até 2030. Qualquer equipe de F1 em potencial também precisará ilustrar como pretende alcançar um impacto social positivo através de sua participação no esporte. Isso ajuda a atingir os objetivos mútuos da FIA e da FOM”, seguiu.

Recentemente, grandes marcas anunciaram o interesse em fazer parte do grid da categoria. A Audi, que já havia sido confirmada para entrar como equipe e não apenas fornecedora de motores em 2026, também confirmou que teria a Sauber — atualmente operando na categoria como Alfa Romeo — como parceira na empreitada, usando a estrutura da equipe em Hinwil para desenvolver seu carro. Além disso, o acordo divulgado em outubro previa que a marca alemã deveria adquirir uma parte das ações suíças em determinado momento, o que de fato aconteceu.

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A Andretti, que havia sido rejeitada no ano passado, firmou uma parceria com a GM para também tentar entrar na Fórmula 1 a partir de 2025. Outra a demonstrar interesse foi a Porsche, que ainda busca oportunidades com as equipes já existentes do grid.

O regulamento da categoria em 2025 prevê o uso de combustíveis mais sustentáveis. Os eFuel são combustíveis que neutralizam a emissão de carbono na atmosfera e que podem ser usados por motores de combustão interna sem o impacto ambiental dos combustíveis fósseis. 

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