FIA aumenta número de câmeras nos carros para fiscalizar truque do mini-DRS na Austrália
De acordo com o portal AutoRacer, a FIA vai endurecer a fiscalização da flexão da asa traseira, já que o artifício do mini-DRS está proibido desde o ano passado
A polêmica do mini-DRS ainda está longe do fim, e para aprimorar a fiscalização depois das acusações da Red Bull contra Ferrari e McLaren nos testes coletivos do Bahrein, na última semana, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) decidiu instalar mais câmeras na parte traseira dos carros. O objetivo é verificar se há, de fato, qualquer movimento de flexão que seja proibido pelo Regulamento Técnico.
A informação é do portal italiano AutoRacer desta terça-feira (4). As suspeitas sobre o artifício surgiram após reportagem do site inglês The Race, que publicou os rumores que corriam no paddock sobre o assunto. Com a proibição da FIA no ano passado, os times ficaram de olho em quem poderia estar burlando a determinação para levar vantagem.
Pierre Waché, diretor-técnico da Red Bull, então, acusou as atuais campeã e vice da Fórmula 1 de colocarem o artifício em ação em Sakhir. A tecnologia do mini-DRS, introduzida pela McLaren no ano passado, cria um espaço na asa traseira além do acionamento do DRS, permitindo ao carro replicar — em escala menor — o efeito da asa móvel. Consequentemente, ele ganha velocidade de reta.
A FIA resolveu banir a novidade depois do GP do Azerbaijão, já que considerou o truque ilegal. Em seguida, promoveu uma atualização no regulamento: “Com exceção da peça ajustável que pode ser ativada pelo piloto, todos os componentes aerodinâmicos ou que influenciam a aerodinâmica do carro devem ser rígidos e imóveis, respeitando a referência do Artigo 3.3.”
Só que vídeos publicados nas redes sociais denunciaram a possível continuidade do uso do mini-DRS, o que não deixou a Red Bull nada satisfeita. “Acho que Ferrari e McLaren ainda estão usando o mini-DRS”, disparou Waché. “Será um tópico de discussão, é muito visível”, declarou Waché.
A FIA, por meio do escritório técnico do diretor de monopostos, Nikolas Tombazis, enviou às equipes documento oficial com novas medidas para o controle de imagens das asas traseiras já a partir da Austrália, conforme apurou o AutoRacer. O posicionamento das câmeras ainda está sendo decidido, mas outras serão instaladas em pontos específicos para que nenhum movimento além do permitido escape aos olhos da entidade.
A beam wing — asa menor que fica acima do difusor e ajuda a jogar o ar sujo para trás — também está na mira da FIA. O artigo 3.15.12b diz que o componente da beam wing não pode desviar mais que 0,8 graus, portanto a federação também vai fiscalizar o comportamento da peça em alta velocidade.
Com o período de testes coletivos oficialmente encerrado, a próxima atividade da F1 é a estreia da temporada, no GP da Austrália. A etapa está programada para acontecer entre os dias 14 e 16 de março, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ LEIA TAMBÉM: GPTV alcança 2 milhões de espectadores e prepara novos formatos de exibição

