FIA cola adesivos na asa traseira dos carros em Baku para avaliar flexibilidade
Em meio à ameaça de protesto contra asas traseiras de equipes da F1, a FIA pôs adesivos em todas as asas para confirmar a legalidade no Azerbaijão
O GP do Azerbaijão é mais um campo de batalha na recém-formada guerra das asas flexíveis, que explodiu na Fórmula 1 desde que Lewis Hamilton reclamou publicamente da Red Bull no fim de semana do GP da Espanha. Para ajudar na avaliação do movimento das asas, a FIA instalou adesivos brancos e pretos nas partes de cima e de baixo das asas traseiras. Com as distorções de imagem criadas pela velocidade, deseja entender melhor quem está mais perto de quebrar as regras.
Há uma grande expectativa na Fórmula 1 sobre se haverá um protesto oficial neste fim de semana no Azerbaijão. Isso porque a Mercedes se manifestou publicamente sobre a preocupação com a asa traseira da Red Bull e a forma como se move nas retas. A acusação é que, ao se mover para baixo nas retas e voltar ao ponto natural nas curvas, a asa tem atuação aerodinâmica, o que é proibido pelo regulamento técnico.
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Após a reclamação da Mercedes, a FIA anunciou que fará mudanças nos testes para aprovação das asas, mas que essas modificações valerão somente para o GP da França, dentro de duas semanas. Além da Mercedes, a McLaren também se mostrou frustrada com a decisão que, além da Red Bull, tende a influenciar também ao menos três outras equipes: Ferrari, Alpine e Alfa Romeo.
Portanto, ainda que as asas traseiras fracassem nos novos testes da FIA, ainda estarão legais para esta etapa do Azerbaijão. É bom ressaltar que as asas não são ilegais, afinal, foram aprovadas em todos os testes atuais. Então, se estiverem de acordo com as regras estabelecidas para 2021, valem até que sejam reprovadas nos novos testes.
É aí que entra o adesivo. A FIA quer se certificar de que, ao menos, não há regra sendo quebrada enquanto prepara os testes renovados. Por isso, os adesivos redondos vão permitir que o órgão entenda se as asas estão se movendo e em qual intensidade e se estão legais dentro das regras atuais. Caso as imagens parados dos pontos de medição mostrem os adesivos normalmente como foram colocados, quer dizer que a asas não está se movendo. Quanto mais distorcida estiver a imagem, por exemplo com mais bolas brancas que foram colocadas, maior é a movimentação daquele componente.
Em entrevista ao site inglês ‘The Race’, Andreas Seidl, chefe da McLaren, afirmou que a FIA ainda não se manifestou às equipes quanto ao que vai considerar como limite de flexibilidade das asas e opinou que a federação devia detalhar os projetos de cada uma das equipes para saber se alguma delas encontrou brecha tão grande no regulamento de forma a dar a volta nas regras.
“É algo que precisa ser perguntado para a FIA. Não nos deram qualquer definição detalhada do que vão julgar como aceitável ou inaceitável. É importante dizer que uma coisa é somente a flexibilidade das asas, mas a FIA tem que avaliar como essa flexibilidade é criada. Se for uma flexibilidade criada por design, então é feita claramente para passar no teste. Mas criar flexibilidade excessiva de propósito não está, obviamente, de acordo com o artigo 3.8 do regulamento técnico”, apontou.
A expectativa é que Mercedes e McLaren façam um protesto quanto às asas dependendo do que encontrem ao longo do fim de semana.
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