FIA diz não ter provas contra Mercedes sobre possível ilegalidade da Racing Point

O protesto da Renault contra a Racing Point continua dando o que falar nos bastidores. E faz, a cada novo dia, a FIA dar novas explicações sobre o caso

O protesto da Renault sobre os dutos de freios da Racing Point continuam sendo um dos assuntos mais falados no paddock de Hungaroring. As suspeitas em relação à legalidade da ‘Mercedes Rosa’, quase uma cópia da versão 2019 da Mercedes, começaram ainda na pré-temporada, em fevereiro.

Nikolas Tombazis, diretor-técnico da Federação Internacional de Automobilismo, confirmou que a entidade inspecionou o carro da Racing Point em fevereiro, após reclamações de outras equipes, mas os dutos de freios não foram vistos. A FIA concluiu que a Racing Point não recebeu uma descrição das peças da Mercedes, o que seria ilegal, mas que fez um estudo baseado em dados e imagens, permitido pelas regras. Neste sábado (18), o dirigente voltou a explicar o caso e não acredita que a Mercedes tenha repassado informações para outra equipe.

Tombazis fez questão de ressaltar que a atual campeã de construtores só terá problemas caso tenha passado os dados de componentes originais. Dentre tais peças, estão o chassi, a estrutura de impacto traseira, carroceria, asas e trabalho de CFD – Dinâmica de Fluidos Computacionais -, relacionado à aerodinâmica.

A ‘Mercedes Rosa’ será investigada pela FIA após protesto da Renault (Foto: “Racing Point”)

“Temos que diferenciar. É preciso saber se a transferência de propriedade intelectual de um componente original que também foi feito no ano passado. Por exemplo, se a Mercedes passasse para a Racing Point o desenho da asa dianteira, que é original, não há como dizer que está dentro do regulamento”, disse Tombazis.

“O que está em debate no momento é se a Racing Point realmente tinha tais componentes em 2019. Se a investigação encontrar que a Mercedes passou informações sobre os dutos de freio em 2020, então eles estariam comprometidos, mas não temos indicações sobre isso”, completou.

O dirigente ainda tentou acalmar os ânimos antes do relatório final da FIA sobre o assunto.

“Acho que o debate será se houve uma violação do regulamento ou não. Não acredito que devemos ser detetives. Penso que vamos precisar ser mais filósofos ou advogados, mas não detetives”, afirmou.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular!Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra, Escanteio SP e Teleguiado.