FIA nega irregularidade no motor Mercedes após pedido de revisão da Red Bull

A FIA (Federação Internacional do Automobilismo) respondeu à solicitação da Red Bull em relação ao motor Mercedes e negou qualquer irregularidade

Após perceber uma grande melhora da Mercedes em termos de aceleração nas retas, que acontece desde o GP da Inglaterra, a Red Bull desconfiou. Presumindo que pudesse existir alguma ilegalidade por parte da escuderia alemã, solicitou à FIA (Federação Internacional do Automobilismo) uma revisão dos componentes do motor do W12. A resposta, enfim, chegou. Segundo Helmut Marko, consultor da equipe austríaca, a FIA negou qualquer tipo de irregularidade.

“Tudo isso foi esclarecido pela FIA. Temos que aceitar o que a FIA decidir”, disse Marko, em entrevista ao portal Motorsport-Magazin.

Conforme informou a revista Auto Motor und Sport há pouco mais de um mês, a suspeita da Red Bull começou por conta dos dados de GPS que apontaram a enorme vantagem que a Mercedes vem tendo quando acelera para sair de curvas mais lentas. A entrada da Mercedes é tão veloz que compensa o fato de que, no fim das retas, a Red Bull tem vantagem. Por isso, a marca dos energéticos acreditava que a força motriz da mudança estava no intercooler.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

A Red Bull desconfiava de uma possível irregularidade no motor Mercedes (Foto: Mercedes)

Conheça o canal do Grande Prêmio no YouTube! Clique aqui.
Siga o Grande Prêmio no Twitter e no Instagram!

A explicação da revista era a seguinte: o intercooler comprime o ar normalmente de 100°C para a temperatura ambiente, mas é possível ir abaixo disso, com o limite sendo 10°C abaixo da temperatura ambiente. Na faixa de carga parcial – com velocidade baixa ou moderada -, as temperatura são normalmente mais baixas. E nessas condições, como o ar frio é mais denso que o quente, força a queima de mais combustível, o que significa mais desempenho. Portanto, se o motor consegue reservar sua proporção de ar frio para a primeira faixa de carga total – quando sai de velocidade muito baixa -, tem vantagem no processo de aceleração.

Não só a Red Bull, mas a Ferrari também acreditava que a Mercedes separava o ar frio do quente por algum tempo para a aceleração e fazia isso ao esconder o ar por um caminho entre o intercooler e o plenum, o que rende até 20 cv na fase inicial de aceleração. Um pouco depois, o compressor empurra o ar mais quente e a vantagem deixa de existir.

Os taurinos, no entanto, sabiam que nada disso era ilegal. A dúvida era sobre até quando o ar conduzido ao plenum poderia ser resfriado e, como tudo é feito através de sensores, se o sensor responsável por essa medição estava realmente numa parte em que os valores podem ser precisamente determinados.

Com o retorno negativo da FIA, a Red Bull segue brigando com a equipe alemã na pista. Isso porque, embora Max Verstappen tenha retomado a liderança do Mundial de Pilotos no GP da Turquia, apenas seis pontos o separam de Lewis Hamilton, segundo colocado. E, além disso, a Mercedes ainda segue líder do campeonato de construtores, com 433,5 tentos.

LEIA MAIS
ANÁLISE: Por que estratégia de Hamilton não deu certo no GP da Turquia
Com acordo iminente, Ímola desponta como substituta da China no calendário da F1 2022
Diretor de provas da F1 contrapõe acusação de Alonso: “Regras são iguais para todos”

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.