FIA promete analisar regra de bandeira vermelha em classificação da Indy para F1

Michael Masi, diretor de prova da FIA para a F1, prometeu ao menos analisar a regra em vigor na Indy e em outras categorias, que pune o piloto que causa bandeira vermelha em classificação

Charles Leclerc teve problema no eixo de transmissão não conseguiu largar da pole-position (Vídeo: Reprodução/Twitter/Sky Sports)

O acidente sofrido por Charles Leclerc no fim do Q3 da sessão classificatória do GP de Mônaco provocou o acionamento da bandeira vermelha. Com poucos segundos para o fim, nem mesmo se a pista fosse liberada haveria tempo hábil para que os outros nove competidores pudessem registrar uma nova tentativa de volta rápida. O piloto da Ferrari, que tinha o melhor tempo até então, conquistou a pole-position em Monte Carlo, enquanto Carlos Sainz e Max Verstappen se desesperaram com a chance perdida de largar na frente.

A batida de Leclerc levantou uma discussão no paddock do Principado. Até que ponto a situação ocorrida no sábado foi justa? Nos Estados Unidos, na Indy e no IMSA SportsCar, há uma regra que determina que o piloto causador de uma bandeira vermelha em sessões de classificação perde as duas melhores voltas. Neste cenário, se tal regra estivesse em vigor na F1, Leclerc perderia a pole e largaria em décimo, enquanto Verstappen herdaria a posição de honra, com Valtteri Bottas em segundo no grid.

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Michael Masi promete ao menos analisar a regra em vigor na Indy sobre bandeiras vermelhas em classificação (Foto: Reprodução/Twitter)

Toto Wolff, questionado pela revista britânica Autosport sobre o dispositivo, alegou não conhecê-lo, mas gostou do que ouviu.

“Não sabia que essa era a regra nos Estados Unidos, mas acho que é uma regra inteligente. Isso evita confusão. Não acho que Charles bateu no muro de propósito, até porque tem muita coisa em jogo. Mas isso seria um pequeno incentivo para garantir que toda a polêmica que acontece nesse tipo de situação acabe e que não aconteça mais”, disse o chefe da Mercedes.

A afirmação do austríaco remonta a um caso, aí, sim, proposital, provocado por Michael Schumacher na classificação do GP de Mônaco em 2006. Com sua Ferrari, o heptacampeão tinha a pole provisória e parou o carro na saída da curva La Rascasse. A ideia era evitar que Fernando Alonso, seu maior rival e adversário na luta pelo título, pudesse lhe tomar a pole. A direção de prova deletou todos os tempos do alemão e o tirou da posição de honra. Alonso, então na Renault, ganhou aquela corrida.

Mesmo entendendo que não houve dolo de Leclerc no acidente em Mônaco, Michael Masi, diretor de prova da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) Fórmula 1, prometeu ao menos analisar a regra em vigor em categorias nos Estados Unidos. Se vai ser aplicada um dia na F1, aí é outra história.

“Como qualquer coisa que aparece, a FIA, a Fórmula 1 e as equipes olham para tudo e consideram seus méritos. Sim, conheço a regra da Indy, que também é uma regra em uma série de outras categorias internacionais da FIA e em campeonatos nacionais em todo o mundo. Vamos analisar isso e, juntamente com todos os principais interessados, determinar se é adequado ou não”, disse o australiano, também em entrevista à Autosport.

Quando questionado sobre a batida de Leclerc no Q3, o dirigente disse que “está muito claro” que não houve a menor intenção por parte do piloto da Ferrari que, inclusive, foi prejudicado pela batida, teve o eixo de transmissão danificado e sequer conseguiu largar na pole no domingo.

“Ao analisar os dados e também ao ouvir a comunicação da equipe, não acho que nenhum piloto iria sair por aí para destruir seriamente seu carro, em qualquer circunstância, em razão das consequências que podem vir por isso”, concluiu o australiano.

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