Chefe da Mercedes sugere regra “inteligente” de bandeira vermelha da Indy para F1

Depois da batida de Charles Leclerc na classificação para o GP de Mônaco no último sábado (22), Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes, sugeriu para o regulamento da F1 analisar a regra "inteligente" de bandeira vermelha da Indy

Verstappen assume liderança da F1 após vitória: assista aos melhores momentos do GP de Mônaco (GRANDE PRÊMIO com Reuters)

A batida de Charles Leclerc nos minutos finais do treino classificatório do GP de Mônaco não só garantiu a pole do monegasco por encerrar a sessão antes do programado, mas também trouxe à tona questionamentos sobre a bandeira vermelha. Um deles é se a regra sobre esse tipo de incidente é justa ou deveria ser revista. Para Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes, a Fórmula 1 deveria rever imediatamente a situação, adotando uma abordagem similar a da Indy, que anula as duas melhores voltas do piloto causador da bandeira vermelha na sessão.

Wolff, que não sabia que esse tipo de regra era adotada nos Estados Unidos, saiu em defesa da anulação das melhores voltas e da revisão do regulamento. Em contrapartida, afirmou que não crê que Charles Leclerc tenha causado o acidente de forma proposital para garantir a pole, assim como o ex-ferrarista Michael Schumacher fez na mesma Mônaco em 2006, quando encostou o carro na curva Rascasse a poucos centímetros do guard-rail provocando uma bandeira amarela na pista, impedindo assim, que seu rival Fernando Alonso tivesse a chance de tomar a pole-position de suas mãos.

“Eu não sabia que essa era a regra nos Estados Unidos, mas acho que é uma regra inteligente. Isso evita confusão. Eu não acho que o Charles bateu no muro de propósito, porque tem muita coisa em jogo. Mas isso seria um bom pequeno incentivo para garantir que toda polêmica que surge nesse tipo de situação acabe e que não aconteça também”, afirmou o chefão da Mercedes.

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Charles Leclerc bateu no final do Q3 e antecipou o fim da classificação (Foto: Beto Issa)

Porém, do outro lado da história, os pilotos que se pronunciaram sobre a possível mudança não concordaram em totalidade com o dirigente austríaco. Max Verstappen, da Red Bull, principal prejudicado pela batida de Leclerc, defendeu o atual regulamento afirmando que não seria justo para os pilotos uma punição por conta de seus erros. Por sua vez, o holandês minimizou os erros do adversário lembrando que ele próprio já sofreu com o traçado monegasco.

“Eu acho que tem uma diferença quando um cara comete um erro e bate no muro, ou quando faz isso de propósito. Eu acho que se o Charles tivesse apenas estacionado com a asa dianteira quebrada, a história seria diferente”, disse Verstappen em referência 

“Mas claramente ele tocou o muro inicialmente e acabou onde eu já acabei duas vezes. Então, foi uma infelicidade. É claro que estou chateado por não ter tido uma chance de conseguir a pole, mas é a vida. Às vezes você não consegue. E tudo bem”, seguiu.

“Eu não acho que a volta dele deveria ter sido anulada e nem que deverá ser anulada no futuro caso eles queiram mudar as regras. Eu não penso que seja justo porque todos nós nos esforçamos muito e não é fácil por aqui, especialmente no limite. É fácil cometer um erro”, finalizou Verstappen.

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O chefe da Mercedes não obteve apoio nem mesmo de seu comandado, Valtteri Bottas, que entende que o esporte é mesmo imprevisível e que coisas do tipo podem acontecer tanto para o bem quanto para o mal para os envolvidos.

“Eu acho que o regulamento é bom. Quero dizer, ele é o que é. Ocasionalmente no esporte as coisas não se encaixam para você. Às vezes você tem sorte, às vezes azar e essas coisas acontecem”, concluiu Bottas.

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