Briatore rechaça chance de venda da Alpine na F1: “Se pudéssemos, compraríamos outra”
Um dos líderes do novo projeto da Alpine, Flavio Briatore afirmou que Lucas de Meo, CEO do Grupo Renault, "nunca quis vender a equipe"
Flavio Briatore rechaçou os boatos sobre a possível venda da Alpine por parte da Renault na Fórmula 1. O polêmico dirigente italiano assumiu a diretoria da equipe francesa recentemente e já fez mudanças administrativas impactantes dentro do time. Pouco antes de chegar, Bruno Famin, então chefe de equipe do time de Enstone, confirmou que a equipe deixaria de usar motores Renault e que a produção de unidades de potência seria descontinuada. Segundo o dirigente, os recursos seriam deslocados para a criação de “novas tecnologias”.
Depois, a equipe passou a avaliar a possibilidade de virar cliente dos motores Mercedes a partir de 2026, negociação que evoluiu ao longo das últimas semanas. A notícia provocou, inclusive, protestos de funcionários da da fábrica de Viry-Chatillon, na França, durante o último fim de semana, em Monza.
Os trabalhadores exibiram uma faixa com a inscrição “nos deixe correr”, pedindo a manutenção da fábrica para “salvar 50 anos da Fórmula 1 na França”. O grupo destacou, ainda, os anos em que motores Renault foram campeões da categoria: 1992, 1993, 1994, 1996, 1997, 2005, 2006, 2010, 2011, 2012 e 2013.
“Não, não há nada à venda. Nós compramos tudo. Se tivéssemos a oportunidade, compraríamos outra equipe e eu colocaria um diretor administrativo”, afirmou Briatore à revista britânica Autosport. “É muito claro: Luca de Meo [CEO do Grupo Renault] nunca quis vender a equipe. Questão encerrada”, emendou o ex-chefe de equipe.
De Meo falou sobre o caso recentemente e afirmou que tudo deve ser resolvido nas próximas semanas, mas negou a possibilidade de vender a Alpine.
“Temos quatro ou cinco semanas para definir a situação na diretoria. Estamos analisando como administrar o departamento de F1 a partir de 2026 para sermos mais competitivos e estamos avaliando todas as oportunidades. A ideia de mudar para os motores Mercedes está na mesa, mas posso garantir que não há uma escolha ainda”, pontuou à Autosport.
“Não estamos vendendo nada. Na Viry Chatillon, há pessoas capazes e preparadas que estão trabalhando não apenas na F1, mas iniciamos importantes projetos inovadores não apenas no automobilismo, por isso precisamos manter a calma para que possamos chegar às melhores escolhas. Dito isso, eu acrescentaria que a proposta está na mesa, mas não houve nenhuma decisão do conselho. Esse é um dos aspectos que está sendo discutido com muitos outros pontos importantes sobre como abordaremos a F1 no futuro”, concluiu.
A Fórmula 1 agora só volta às pistas entre os dias 13 e 15 de setembro para o GP do Azerbaijão, em Baku.
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