F1 diz que Massa “é bem-vindo”, mas participação no GP de São Paulo vira impasse

Decidido a entrar na justiça contra a FIA para ser reconhecido campeão mundial de 2008, Felipe Massa é presença incerta no GP de São Paulo de 2023. Consultada pelo GRANDE PRÊMIO, Fórmula 1 ressaltou a vontade do brasileiro de não comparecer ao evento

Em meio a uma batalha judicial para buscar o título da Fórmula 1 de 2008, quando acabou derrotado por Lewis Hamilton na última corrida da temporada, no Brasil — que comemora 15 anos nesta quinta-feira (2) —, Felipe Massa é presença incerta no GP de São Paulo de 2023. Ao ser questionada pelo GRANDE PRÊMIO sobre a ida do ex-Ferrari a Interlagos, a categoria garantiu que as portas estão abertas para o brasileiro.

“Ele é bem-vindo”, afirmou a Fórmula 1 ao questionamento da reportagem do GP.

Além disso, a organização da etapa brasileira também foi procurada para falar sobre o assunto, mas garantiu não ter feito nenhum convite especial para o brasileiro. Como ex-piloto, Massa tem direito a uma credencial especial para as provas, mas não é visto no paddock desde que recebeu, da própria F1, um pedido para não comparecer ao GP da Itália, em setembro.

Até o ano passado, afinal, Massa era convidado a eventos como embaixador da Fórmula 1 e chegou, em várias ocasiões, a conduzir entrevistas oficiais dos pilotos após classificação e corridas.

Questionada pela reportagem do GRANDE PRÊMIO, a assessoria de imprensa de Massa disse que o piloto ainda não havia tomado a decisão final, ao menos até o fim desta publicação.

Parado no fim do pit-lane por erro da Ferrari, Massa vê Räikkönen passar em Singapura (Foto: Ferrari)

No começo da semana, Massa deixou a participação em suspenso. “A única coisa que eu sei é que a Fórmula 1 me pediu para não ir ao GP da Itália. Sobre o Brasil, nada foi discutido e não falei com eles desde Monza. Acredito que não, só iria para as corridas como embaixador”, apontou. “Não houve convite e não conversei com ninguém quanto ao meu trabalho como embaixador. Então, não acho que devo participar”, falou ao site Motorsport.

Na rodada de Monza, inclusive, torcedores da Ferrari estenderam uma faixa em frente aos boxes em que se lia: “Felipe Massa, campeão do mundo de 2008”. A categoria, incomodada com a situação, pediu para que os torcedores removessem o artefato.

Massa busca medidas legais para ser reconhecido como campeão mundial da temporada 2008, na qual foi vice na pista. O estopim foi uma declaração de Bernie Ecclestone, antigo chefão do Mundial, que admitiu ter conhecimento — ainda durante 2008 — da manipulação de resultado da Renault no GP de Singapura daquela temporada.

Na ocasião, a equipe francesa arquitetou um acidente de Nelsinho Piquet, piloto do time, para facilitar a vitória de Fernando Alonso — o que prejudicou Massa. Oficialmente, o escândalo fora conhecido apenas em 2009, o que impedia qualquer possível ação sobre o resultado esportivo da temporada.

O brasileiro insiste que “nada é contra” Lewis Hamilton, campeão daquela temporada, e que foi atrás daquele que considera seu título depois da entrevista de Ecclestone admitindo que já sabia do episódio. Felipe ainda afirmou que se sente “vítima de uma conspiração”.

“A Fórmula 1 de hoje é diferente da Fórmula 1 daquela época, a FIA de hoje é diferente da FIA do passado”, disse o brasileiro. “Realmente espero que eles entendam que o que aconteceu no passado não foi justo para o esporte e torço muito para que eles resolvam o caso”, afirmou.

Massa vive uma relação complicada com a F1 desde que decidiu buscar o título de 2008 na Justiça (Foto: Ferrari Media)

“Sou o campeão e sinto isso. Sinto que tenho o título. O 16º campeão da Fórmula 1 pela Ferrari. Provamos naquela temporada que merecemos”, acrescentou. “Aquele foi um campeonato incrível. Foi uma grande luta do início ao fim. Foi um grande campeonato da minha parte. Fui o piloto que mais venceu corridas naquele ano e que largou na pole position mais vezes também”, completou.

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