F1 mira Brasil para teste de novo formato. Mas teme cancelamento do GP de São Paulo

Plano apresentado pela Fórmula 1 ao Conselho da FIA prevê corridas de classificação em Interlagos, mas avanço do coronavírus é entrave

Assista aos melhores momentos do GP de Doha de MotoGP (Vídeo: GRANDE PRÊMIO com Reuters)

O GP de São Paulo 2021, primeiro desde a mudança de nomenclatura da etapa brasileira, já é visto como dúvida pela Fórmula 1. A corrida está marcada para o fim de semana do dia 7 de novembro, mas o crescimento na intensidade do contágio da pandemia do novo coronavírus preocupa organização e equipes.

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O Brasil é, neste momento, o centro mundial de contágio e letalidade da Covid-19. Na última terça-feira, dia 6 de abril, o Brasil registrou 4.198 mortes causadas pelo novo coronavírus – número que beira 40% das mortes em todo o mundo.

A discussão foi colocada à mesa durante a última reunião do Conselho Mundial da FIA que teve no novo formato das corridas de classificação uma das principais discussões. A F1 deseja testar o formato em três etapas tradicionais de 2021: GPs da Inglaterra, Itália e São Paulo. Ao menos por enquanto, porém, a novidade fica em suspenso na prova de Interlagos.

É importante lembrar que houve ainda uma outra questão envolvendo o GP de São Paulo: ainda no mês de janeiro, a Justiça paulista suspendeu o contrato da Prefeitura da capital com a MC Brazil Motorsport Holding Ltda., empresa promotora do evento. O motivo foi a ausência de licitação para o contrato e o sigilo imposto pela capital paulista – na época, o juiz responsável exigiu um pagamento de R$ 26 milhões como garantia do capital social. Em março, a liminar suspendendo o contrato foi revogada, bem como a obrigatoriedade da promotora em pagar a garantia financeira que, na prática, servia como um seguro-fiança.

F1 quer corrida sprint em São Paulo (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Além disso, no que diz respeito apenas às corridas de classificação, o plano encampado pelo novo chefão da F1, Stefano Domenicali, vai adiante em 2021. O interesse é implementar o sistema de modo permanente a partir do ano que vem, numa tentativa de revolucionar o esporte junto ao ingresso de novas regras técnicas.

A preocupação das equipes, porém, era de que contar com mais uma corrida por fim de semana aumenta bastante os gastos alocados para a temporada. Desta maneira, o acordo ao qual chegaram foi que o Liberty Media compensará as dez equipes em US$ 500 mil – cerca de R$ 2,8 milhões, na cotação do dia – e esgarçará o teto orçamentário na mesma quantidade.

Embora não tenha sido confirmado, os indícios apontam que há uma outra compensação acordada entre Liberty e equipes caso os carros registrem danos ao longo das corridas de classificação.

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As corridas adicionais terão 100 km e serão disputadas nas manhãs do sábado, com o segundo treino livre acontecendo mais tarde. Já o dia anterior, a sexta-feira, terá o primeiro treino livre e a classificação tradicional. A classificação definirá o grid da corrida de classificação, que vai distribuir pontos somente para os três primeiros colocados e, aí, sim, definirá o grid do evento principal.

Ímola, que recebe a Fórmula no fim de semana dos dias 16-18 de abril para o GP da Emília-Romanha, será sede de novas reuniões entre FIA, equipes e Liberty. Mirado para a estreia do formato, o GP da Inglaterra acontece entre os dias 16-18 de julho.

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