Fórmula 1 testa ‘brita fake’ no GP da Holanda para reduzir risco de bandeiras vermelhas

A curva 12 do circuito de Zandvoort, que recebe o GP da Holanda de Fórmula 1 neste fim de semana, terá uma faixa de cascalho revestido com um material semelhante à resina, mais sólido e menos aderente

A Fórmula 1 vai testar uma novidade neste fim de semana no circuito de Zandvoort, que recebe o GP da Holanda: uma faixa com cascalho falso foi instalada na área de escape da curva 12, a segunda perna da chicane Hans Ernst, ao lado da zebra. O intuito da mudança é reduzir o risco de bandeiras vermelhas durante as atividades de pista.

A mudança foi revelada pela revista inglesa Autosport nesta quarta-feira (31). A brita colocada no local é revestida com um material semelhante à resina, e embora se assemelhe bastante ao cascalho comum usado nos circuitos, é totalmente sólido. Isso significa que os pilotos que escaparem nessa parte terão aderência mínima, mas o lado positivo é que a ‘brita fake’ é mais difícil de se espalhar para o asfalto, reduzindo a necessidade de uma bandeira vermelha para limpeza do local.

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A diferença da brita falsa, mais escura, para a verdadeira em Zandvoort (Foto: Jon Noble/Autosport)

A brita verdadeira, no entanto, também estará presente na curva 12, mas depois da faixa do cascalho falso. O diretor-esportivo do GP da Holanda, Jan Lammers, acredita que a solução pode ser adotada em outros GPs, caso seja bem-sucedida neste fim de semana.

“Para evitar que a brita vá parar na pista, eles fizeram o primeiro metro parecido com cascalho, mas na verdade é como o asfalto. É uma área que não pode ser usada, pois é muito escorregadia e irregular para os carros. Mas pelo menos evita que tantos detritos fiquem pela pista, portanto é um avanço para os outros circuitos”, disse Lammers.

Lando Norris, da McLaren, falou sobre os desafios da pista holandesa e destacou que é um lugar que não dá espaço para erros. “A única coisa boa aqui, que eu suponho ser o que muitos gostam, é que não há escapatória. É brita, depois barreira de pneus.”

“Odiamos isso também, porque você não quer parar em nenhum dos dois, mas, ao mesmo tempo, cabe ao piloto correr mais riscos. E quem quiser arriscar mais para ser mais rápido, pode fazer isso. Então, algo desse tipo torna a pista agradável e também feita para um piloto que quer correr riscos”, acrescentou o inglês.

Na visão de Stefano Domenicali, presidente da F1, as armadilhas logo após as zebras devem ser mantidas porque ajudam a definir os limites de pista. “Vocês viram o que aconteceu em Spa, na curva 1. Antes era tudo asfalto, e todos escapavam ali (e espalhavam). Não gosto disso, pessoalmente.”

“Há um limite em certas pistas onde há uma barreira, e você tem de ir com calma, caso contrário pode bater. A brita também é um limite, então não há uma discussão sequer sobre os limites de pista para julgar se você está dentro ou fora”, concluiu Domenicali.

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