F1 visa “carros mais difíceis de guiar” em 2026 para “promover pilotos em heróis”

Pat Symonds, diretor-técnico da Fórmula 1, falou sobre mudanças para o regulamento de 2026 e que modelos exigirão mais perícia ao grid

A Fórmula 1 revelou mais particularidades do que planeja para o conceito do carro a partir da temporada 2026, quando um novo regulamento entrará em vigência. Pat Symonds, diretor-técnico da categoria, indica que a pressão aerodinâmica será reduzida, o que vai diminuir o peso dos monopostos e exigirá mais perícia aos pilotos. Na visão do dirigente, isso ajudará a difundir a imagem de heróis aos protagonistas do certame.

As diretrizes para os motores do campeonato já estão definidas desde agosto de 2022, no entanto, as regras com relação aos carros da Fórmula 1 ainda continuam em discussão — em alguns pontos, as conversas se dão para justamente adequar da melhor maneira possível a unidade de potência nos bólidos.

As mudanças devem proporcionar carros mais curtos, estreitos e, por consequência, mais leves — só não se sabe ainda o quanto será reduzido da média atual do grid, que está em 5,63m de comprimento, 2m de largura e 798 kg.

Além dessas transformações, a Fórmula 1 também reduzirá a pressão aerodinâmica, proporcionando carros mais difíceis de conduzir — algo que não é somente por consequência da mudança do regulamento, mas totalmente intencional neste sentido, como explicou Symonds.

Pat Symonds é diretor-técnico da Fórmula 1 (Foto: Reprodução)

Na visão do dirigente, estes ingredientes auxiliariam na disputa da corrida, responderia as críticas pelo peso excessivo que os carros atingiram na F1, mas também possibilitaria novo argumentos para promover ainda mais a imagem dos pilotos.

“Queremos reduzir a pressão aerodinâmica. Parte da razão pela qual os carros são pesados é que eles têm de lidar com muita carga, então vamos deixá-los um pouco mais ariscos”, revelou Symonds ao podcast Beyond the Grid.

“Essa é uma coisa importante [deixar o carro mais difícil de guiar]. Os pilotos são os heróis, super-homens, e queremos esse tipo de promoção. Por isso, digo que estamos no caminho certo”, acrescentou.

Symonds prosseguiu e falou do regulamento da unidade de potência já definido para 2026. Os motores serão turbo V6 híbridos de 1.6l, abastecidos por combustíveis 100% sustentáveis e o MGU-K, peça que, em termos gerais, recupera a energia cinética para o carro no momento de frenagem, terá aumentada em quase três vezes a sua eficiência com relação às normas atual. Isso deverá praticamente dividir o fornecimento energético entre o motor e os componentes elétricos.

“Teremos cerca de 1.000 cv com o carro de 2026, queremos que venha mais do motor elétrico”, pontuou o dirigente.

Fórmula 1 retorna com a temporada 2024 em duas semanas, entre os dias 5 e 7 de abril, com o GP do Japão, em Suzuka.

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