Vasseur revela que Audi incentivou ida para Ferrari: “Disseram que eu não podia recusar”

Frédéric Vasseur deixou o posto de CEO e chefe de equipe da Sauber — cuja representante na categoria, atualmente, é a Alfa Romeo — para assumir o comando da Ferrari. Mattia Binotto disse adeus à escuderia italiana após quatro temporadas no cargo, enquanto Andreas Seidl substituiu o francês na base de Hinwil.

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Parte fundamental nas negociações que fizeram com que a Audi se comprometesse com a Sauber e a F1 a partir de 2026, Vasseur era peça importante em Hinwil. No entanto, nem mesmo o protagonismo fez com que a montadora alemã arquitetasse um plano para convencer o francês a ficar.

“A Sauber é um time que permanece nos meus pensamentos e tive uma boa relação com todos por lá — então, desejo a eles todo o melhor para o futuro, para Andreas (Seidl) também. É um desafio, mas tudo é um desafio por aqui. Não consigo imaginar uma vida fácil na Fórmula 1”, começou a falar Vasseur.

“Quando recebi a ligação, não compartilhei com todo mundo! Foi uma reflexão própria e debate com John Elkann (presidente da Ferrari), e não compartilhei isso com a Audi antes do anúncio. Conversei, depois, com algumas pessoas de lá e me disseram: ‘você não pode recusar uma proposta da Ferrari'”, seguiu.

O mais novo chefe da escuderia italiana apontou que as decepções do passado não podem servir como parâmetro indicativo do potencial de sucesso do time de Maranello no futuro. E o próprio universo da Fórmula 1 provê exemplos disso.

“Estou realmente convencido de que a Ferrari, hoje — e com certeza minha experiência está limitada às duas últimas semanas —, tem todo o necessário para vencer. Colocamos tudo em ordem para executarmos um bom trabalho, mas temos tudo para vencer. A partir daí, é uma questão de olhar para os motivos das últimas décadas — a roda sempre gira e é tudo sobre melhora contínua. Para mim, se estivermos fazendo um melhor trabalho do que os outros daqui alguns meses ou anos, então poderemos vencer”, analisou Vasseur.

“Não é que algo esteja gravado em pedra. Se você olhar para algumas equipes: estavam em uma situação muito dominante há alguns anos e não estão em lugar nenhum hoje. Você não precisa tomar essas direções do tipo ‘ok, foi assim na última década ou nos últimos 20 anos e continuará assim no futuro’. A F1 é um mundo em mudança e só temos que estar focados no trabalho e no desempenho. Tudo é possível”, finalizou.

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