Russell diz que GP de São Paulo foi “fim de semana mais lento do ano” da Mercedes

Sem ritmo após optar por um acerto com mais pressão aerodinâmica, a Mercedes teve seu pior fim de semana em toda a temporada 2023 da Fórmula 1, segundo o inglês George Russell

Um ano depois de conquistar sua primeira vitória na Fórmula 1 no GP de São Paulo, George Russell viveu uma grande decepção e abandonou a etapa de 2023 após sofrer com o superaquecimento do carro a 14 voltas para o fim. Com Lewis Hamilton em oitavo, Toto Wolff, chefe da Mercedes, chegou a dizer que foi o pior fim de semana da equipe “em 13 anos”. Em coletiva em Interlagos com presença do GRANDE PRÊMIO, o piloto do carro #63 seguiu a linha do chefe e admitiu que esperava um desempenho forte no Brasil.

“Tivemos um problema de resfriamento que não conseguimos controlar pelas últimas 20 voltas”, lamentou Russell. “Não teve influência em nossa falta de performance. Foi um fim de semana muito estranho, provavelmente o mais lento do ano”, avaliou o inglês.

“Então, precisamos entender o motivo, porque tínhamos expectativas altas para este fim de semana”, reconheceu o britânico, que venceu a etapa brasileira em 2022.

Sem explicação para a falta de rendimento, Russell depositou a culpa na estratégia de pneus escolhida pela equipe, que optou por parar cedo e trocar os macios pelos médios. Hamilton reclamou bastante pelo rádio, e o ritmo dos carros passou a sofrer muito a partir dali.

Russell saiu bastante chateado com desempenho em Interlagos (Foto: Rodrigo Berton/Warm Up)

No fim, o carro #44 — único que completou a corrida pelos alemães — acabou superado por Carlos Sainz, da Ferrari, e Pierre Gasly, da Alpine, além de ter sofrido forte pressão de Yuki Tsunoda, da AlphaTauri.

“Só pode ter sido a questão dos pneus, porque o carro é o mesmo que tivemos pelas últimas quatro ou cinco corridas”, explicou. “Chegamos a brigar pela vitória em algumas dessas corridas, ou pelo menos tínhamos um carro capaz de vencer. No Brasil, não fosse por uma boa largada, nós dois estaríamos fora dos pontos”, destacou.

Por fim, George explicou a intenção da equipe ao tentar um acerto com maior pressão aerodinâmica. Segundo ele, ciente de que perderia velocidade nas retas, o time almejava retomar a vantagem nas curvas e ainda poupar os compostos. No entanto, o tiro saiu pela culatra, e a Mercedes acabou recebendo apenas a parte negativa da situação.

A Mercedes até conseguiu uma boa largada, mas perdeu rendimento (Foto: Rodrigo Berton/Warm Up)

“Tomamos a decisão de colocar um pouco mais de downforce e, quando você faz isso, ganha nas curvas e mantém os pneus sob controle”, pontuou. “Mas não foi o caso. Então, não nos beneficiamos e só recebemos o lado negativo”, finalizou.

Fórmula 1 retorna daqui a duas semanas com o GP de Las Vegas, penúltima etapa da temporada, programado para acontecer entre os dias 17 e 19 de novembro. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento.

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