Russell coloca Mercedes na ponta em manhã repleta de interrupções em Barcelona

Com os pneus mais macios disponíveis, George Russell liderou a manhã do último dia de testes em Barcelona. Ao todo, foram cinco bandeiras vermelhas

COMO FOI O SEGUNDO DIA DA PRÉ-TEMPORADA DA FÓRMULA 1 2022 EM BARCELONA | Briefing

A manhã do último dia dos testes coletivos de pré-temporada da Fórmula 1 em Barcelona, nesta sexta-feira (25), foi um pouco mais fria que as últimas duas, mas viu uma a melhor volta da semana até agora e o maior número de bandeiras vermelhas numa mesma atividade. Na frente, pela primeira vez nos cinco turnos disputados até agora, ficou a Mercedes. George Russell colocou os pneus mais macios da gama da Pirelli, o C5, que não haviam sido utilizados ainda, e anotou 1min19s233.

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O piloto da Mercedes teve de tocar nos C5 pela primeira vez, mas já liderava com os C4. A diferença, porém, era de apenas 0s2 para a melhor volta de Max Verstappen com os C3. Quem também calçou os supermacios foi Sebastian Vettel, que conseguiu levar a Aston Martin à terceira colocação.

Ferrari e McLaren, que lideraram todas as outras sessões antes dessa, terminaram na quarta e sexta colocações, com Charles Leclerc e Lando Norris, respectivamente. Os dois não saíram dos pneus C3. Nicholas Latifi, de pneus macios, se colocou entre os dois. A Williams foi a única que revezou a manhã entre os pilotos, já que escalou o canadense e também Alexander Albon, que usou somente os C3 e ficou em décimo.

Todos os outro quatro participantes tiveram problemas. Fernando Alonso liderava quando o carro começou a soltar fumaça. Segundo a Alpine, um problema de pressão e que encerra a participação dos franceses no dia. Pierre Gasly parou na pista, depois teve uma saída do traçado e também não voltou mais, ao passo que Guanyu Zhou escapou duas vezes. Nikita Mazepin não causou interrupções, mas andou somente nove voltas por conta de uma suspeita de vazamento no carro.

Ao todo, houve cinco bandeiras vermelhas em toda a prática: uma de Alonso, uma de Gasly, duas de Zhou e uma de Vettel, a última delas, já nos minutos derradeiros.

GRANDE PRÊMIO cobre in loco a primeira semana de testes da Fórmula 1 no Circuito de Barcelona-Catalunha com Eric Calduch. Além disso, o GP acompanha tudo AO VIVO e EM TEMPO REAL.

George Russell abriu a sexta-feira em Barcelona (Foto: Mercedes)
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Confira como foi a última manhã de testes em Barcelona:

Exatamente às 9h locais (5h de Brasília), a bandeira verde que abriu o último dia de testes coletivos da Fórmula 1 em Barcelona deu passagem para o campeão mundial Max Verstappen acelerar a Red Bull direto para a pista e ganhar a companhia de Sebastian Vettel e George Russell quase que imediatamente. Em dez minutos, todas as dez equipes apareceram no traçado.

A última delas foi a Haas, que estava diferente. O carro era todo branco e já não contava com o jogo de cores da bandeira da Rússia, pouco mais de 24 horas após a invasão da Ucrânia. A decisão fora tomada ontem e o fato de Nikita Mazepin ser o piloto escalado para abrir o dia tornou tudo mais pitoresco, visto que o patrocínio da empresa do pai dele, a Uralkali, também desapareceu dos carros e do hospitality.

Entre testes aerodinâmicos e outras prioridades distantes do desempenho, o grande personagem da primeira hora de testes foi Fernando Alonso. O bicampeão mundial vestiu os pneus C3 e foi para a liderança em dado momento ao cravar 1min21s242. Daí em diante, começou a fazer algumas voltas seguidas nas casas de 1min22s e 1min23s baixo – que seriam bem velozes para um carro com tanque cheio. Tudo parecia correr bem até o carro começar a esfumaçar e obrigar Alonso a parar o Alpine na pista. Bandeira vermelha, a primeira do dia. De acordo com a equipe, um problema de pressão.

Fernando Alonso com a Alpine na sexta-feira (Foto: F1)

Quase 20 minutos depois e já no começo da segunda hora de atividades, bandeira verde novamente. Rapidamente, Max Verstappen limpou Alonso da liderança, mas nada abaixo de 1min21s ainda. Enquanto isso, num evento de certa maneira raro para testes de pré-temporada, Alexander Albon, Mazepin e Guanyu Zhou entraram num provavelmente inesperado three-wide.

Se antes do problema com Alonso os carros davam voltas relativamente baixas – mas sem tanque vazio e ritmo de classificação -, depois as coisas se assentaram um pouco mais. Quem fazia diferente era Verstappen, novamente ponteando com os C3: agora, marcava 1min20s683. Já na segunda parte da segunda hora é que Russell e Lando Norris se aproximava do holandês com outras voltas na casa de 1min20s. Aí, então, era hora de apertar o passo: Verstappen anotou 1min19s765 para fechar a segunda hora.

Com a possibilidade de chuva para a tarde, a Williams resolveu fazer uma troca na metade da sessão matinal: sacou Albon e colocou Nicholas Latifi na pista. O canadense foi imediatamente para a pista de pneus macios, os C4, para algumas simulações com mais velocidade. Enquanto a Williams explorava, a Haas sofria: Mazepin dera apenas nove voltas até então, o que fez a equipe avisar que havia uma suspeita de vazamento e o carro estava sob avaliação. Ainda que o desempenho tenha dado boas demonstrações, é mais um problema de confiabilidade da equipe estadunidense nestes três dias.

Pierre Gasly em Barcelona (Foto: Eric Calduch/GRANDE PRÊMIO)

O começo da terceira hora viu as equipes voltarem a carga para velocidade novamente. Latifi e Zhou entraram na casa de 1min20s, ao passo que Russell fez 1min19s608 para colocar a Mercedes na dianteira – mas com os pneus C4. Verstappen seguia bem rápido com os C3, anotando novo tempo apenas 0s2 mais lento.

Na metade da terceira hora, nova bandeira vermelha. Problema agora para Pierre Gasly, que, na 41ª volta do dia, parou na pista. O piloto francês tentou reiniciar o carro e levar até os boxes, mas durante a tentativa – em que teve de contornar a pista inteira, porque o problema foi bem no começo -, saiu do traçado na curva cinco e forçou o trabalho dos fiscais.

A retomada das atividades veio exatamente às 12h locais (8h de Brasília) para os 60 minutos finais da manhã. Russell liderava e tinha Verstappen, Leclerc, Vettel, Latifi, Norris, Alonso, Gasly, Zhou, Albon e Mazepin na sequência. Mas a permissão para ficar na pista não durou quase nada: cinco minutos depois, Zhou perdeu a traseira da Alfa Romeo na entrada da curva dez, rodou e causou a terceira bandeira vermelha da manhã.

Logo e antes que alguma outra situação importunasse, Russell colocou os pneus mais macios da gama da Pirelli, os C5, e cravou 1min19s233. Vattel faria a mesma coisa logo em seguida para colocar a Aston Martin no terceiro lugar. Mas, com 20 minutos para o fim, novamente Zhou causou bandeira vermelha, agora ao parar na pista. E veio a notícia de que o problema com Alonso encerrou o dia da Alpine, que não participa da sessão vespertina.

Ainda dava tempo de mais algumas voltas quando a bandeira verde apareceu, oito minutos antes da quadriculada, mas logo uma quinta interrupção. Desta vez, Vettel sofreu com o motor Mercedes da Aston Martin e parou com o carro soltando fumaça na curva dez.

F1 2022, Testes Coletivos, Barcelona, Dia 3, Manhã:

1G RUSSELLMercedes1:19.233 66
2M VERSTAPPENRed Bull Honda1:19.756+0.52359
3S VETTELAston Martin Mercedes1:19.824+0.59148
4C LECLERCFerrari1:19.831+0.59844
5N LATIFIWilliams Mercedes1:20.699+1.4665
6L NORRISMcLaren Mercedes1:20.827+1.59452
7F ALONSOAlpine1:21.242+2.00912
8G ZHOUAlfa Romeo Ferrari1:21.939+2.70641
9P GASLYAlphaTauri Honda1:22.469+3.23640
10A ALBONWilliams Mercedes1:22.652+3.41921
11N MAZEPINHaas Ferrari1:26.229+6.9969
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