Russell revela que correu com tosse em Las Vegas e endossa coro contra calendário da F1

George Russell defendeu um revezamento de todo o pessoal envolvido com a Fórmula 1 e disse tossiu em cada volta do GP de Las Vegas, chegando a não conseguir respirar direito

George Russell foi mais um a defender uma solução imediata para amenizar os efeitos do longo calendário da Fórmula 1 sobre a saúde de todos os envolvidos com a competição, de pilotos a cada membro do estafe das equipes. O representante da Mercedes ainda revelou que correu o final de semana em Las Vegas doente, chegando a ter febre e crise de tosse durante a corrida.

Foram, ao todo, 22 corridas no ano, mas seriam 24, não fossem os cancelamentos de China (ainda reflexos da pandemia da covid-19) e Emília-Romanha (enchentes no norte da Itália). Chamou a atenção também os pilotos que faltaram compromissos de imprensa nas quintas-feiras. Sergio Pérez, Carlos Sainz e Esteban Ocon ficaram doentes e não participaram das coletivas. O francês da Alpine, aliás, foi bastante vocal e culpou o calendário da Fórmula 1 pelo mal-estar.

Falando à imprensa, Russell disse que todos que estão ligados à F1 dão o melhor de si andando “para cima e para baixo” no paddock. “Tenho tantos mecânicos que estão doentes, pessoas que trabalham no escritório de engenharia, que realmente lutam contra as constantes mudanças de fuso horário, do corpo não saber onde está, comer em horários diferentes, ficar em hotéis diferentes, ambientes diferentes, climas diferentes”, começou o inglês.

“O corpo está ficando confuso”, admitiu o #63. “Acho que há negociações para o ano que vem para regulamentar o pessoal e deixá-los de fora de todas as corridas. Seria uma coisa boa. Não penso que seja sustentável que 4 mil pessoas façam 24 corridas por temporada, especialmente quando notamos como geograficamente isso ainda não faz muito sentido”, disparou Russell.

George Russell passou mal durante a corrida de Las Vegas (Foto: Mercedes)

A corrida em Las Vegas, penúltima da temporada, ainda teve um agravante: o horário totalmente atípico, até mesmo para rodadas com provas noturnas. A largada aconteceu às 22h locais, sendo que a classificação foi meia-noite. Para completar, o episódio da tampa de bueiro no TL1 fez a segunda sessão acontecer somente às 2h30 da madrugada local.

O esgotamento foi inevitável. “Passei muito mal nas últimas duas semanas”, revelou Russell. “Em primeiro lugar, em Las Vegas, estive péssimo, com muita febre, não consegui dormir. Aí tive uma tosse horrível que ficou comigo a semana toda no carro”, continuou.

“Eu tossia a cada volta, mas quando se está preso o carro, não há como respirar. Não tem como respirar fundo para cortar a tosse. Isso aconteceu constantemente comigo. Foi péssimo. Foi um prazer levar o carro para os boxes quando vi a bandeira quadriculada”, concluiu.

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