Berger diz que “conhece fraquezas” de diretor de prova da F1 responsável por caos no DTM

A direção de prova da Fórmula 1 tem sido bastante confrontada pelos pilotos, tanto que a última reunião realizada entre eles e Niels Wittich — responsável pelo comando da corrida na Áustria — ficou marcada pela saída de Sebastian Vettel antes do fim. Gerhard Berger, inclusive, disse que as discussões recentes em torno das decisões de pista são compreensíveis.

O GP da Áustria, especificamente, gerou muita polêmica por causa do rigor da direção de prova com os limites de pista, tanto que foram contabilizadas nada menos do que 43 infrações do tipo ao longo das 71 voltas. Max Verstappen chegou a dizer que as punições foram “uma piada”, e George Russell criticou o revezamento que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) tem feito entre Wittich e Eduardo Freitas em 2022.

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“Não estou surpreso com as discussões que estão acontecendo agora na Fórmula 1”, apontou o ex-piloto. Em seguida, Berger falou especificamente sobre ex-diretor de provas do DTM. “Vamos colocar dessa forma: eu conheço os pontos fortes de Niels, mas também suas fraquezas”, frisou.

A nomeação de Wittich para a Fórmula 1 veio logo após a controversa decisão da classe alemã de turismo em 2021. Se a FIA não se acertou com o regulamento em Abu Dhabi e teve influência no título de Max Verstappen, o que aconteceu no DTM foi absurdo.

Na largada da corrida 2 da última rodada do campeonato do ano passado, Kelvin van der Linde jogou o carro deliberadamente para cima de Liam Lawson, com quem disputava o título. O neozelandês sofreu com problemas de suspensão e fez inúmeros pit-stops ao longo da prova, terminando 20 voltas atrás do vencedor.

Não satisfeito, Kelvin decidiu mirar o outro postulante ao título: Maximilian Götz, que chegou no fim de semana com poucas chances, mas viu o campeonato cair em seu colo após Kelvin forçar um toque e acabar rodando, com pneu furado. Com chances evidentes de título pelo abandono dos postulantes, Götz ainda contou com as ordens de equipe da Mercedes para sair com a vitória e o surpreendente caneco do DTM.

Wittich era o diretor de prova, mas todas as manobras dos pilotos na pista não sofreram qualquer tipo de sanção. Na ocasião, a categoria recebeu muitas críticas inclusive do próprio Berger, que disse que, como fã de automobilismo, “não suportava ver mudanças artificiais de posição”. “Tanto as ordens de equipe da Mercedes quanto a manobra de Kelvin van der Linde prejudicaram o DTM.”

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